segunda-feira, 23 de março de 2009

Coral negro na Itália


Cientistas italianos anunciaram a descoberta de colônias de um raríssimo coral negro, nunca antes filmado e fotografado em ambiente natural e visto pela última vez há mais de 60 anos.
Os pesquisadores do Instituto Superior para a Proteção e Pesquisa Ambiental descobriram cinco colônias do coral Antipathes dichotoma a cerca de 150 m de profundidade, no Golfo de Lamezia, na Calábria (região no sul da Itália).
A última vez que a espécie tinha sido vista havia sido em 1946, no Golfo de Nápoles. Na ocasião, os cinco exemplares descobertos foram doados ao museu da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A nova descoberta foi feita em junho de 2008, mas só agora os pesquisadores conseguiram comprovar que os corais encontrados eram mesmo da espécie Antipathes dichotoma.
Usando um robô submarino controlado pelos pesquisadores na superfície, eles acharam as colônias fixadas a um paredão e ao fundo rochoso, em uma área de rica vida marinha.
"As pesquisas continuam no local e vão ser muito importantes para analisar a evolução ao longo do tempo da biodiversidade daquele trecho do Mar Mediterrâneo", disse à BBC Brasil Silvio Grego, pioneiro do projeto iniciado em 2005 e hoje assessor do Meio Ambiente da região da Calábria. "Temos que analisar ainda milhares de fotografias e filmagens. Poderemos avaliar as respostas do ecossistema às mudanças climáticas naturais e àquelas impostas pelo homem."
O estudo das imagens permitirá também saber mais sobre a saúde das colônias do coral negro. Antes de encontrar as colônias de Antipathes dichotoma, o robô localizou também uma grande colônia, com cerca de trinta mil indivíduos, de outro coral negro raro, o Antipathes subpinnata.
Alguns exemplares encontrados dessa espécie alcançam cerca de um metro de altura.
A enorme colônia estava fincada entre os 50 m e os 110 m de profundidade na costa da cidade de Scilla, na ponta da Calábria.
A profundidade em que as colônias das duas espécies foram encontradas ajuda a preservá-las de comerciantes que abastecem, por exemplo, donos de aquários de recifes de coral.
Também para garantir a proteção das espécies, os cientistas mantêm em sigilo as coordenadas do local onde os corais foram vistos.
Além disso, está prevista a criação de um novo parque marinho na região, para garantir que a coleta predatória seja ainda mais difícil. (Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia BBC Brasil)

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