terça-feira, 31 de março de 2015

SeaWorld e ativistas se enfrentam em campanha sobre cuidado de orcas


A empresa norte-americana de parques aquáticos SeaWorld e organizações de proteção dos animais se reuniram para uma campanha lançada pela empresa sobre os cuidados das orcas, cujo cativeiro tem causado polêmica e afetado os lucros do parque. A empresa com sede na Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, lançou uma campanha nas redes sociais para que seus veterinários e treinadores respondam a perguntas sobre o tratamento das baleias, mas o SeaWorld afirmou que a organização PETA e grupos afins têm "inundado" as redes com mensagens para "afogar" as respostas. "Não surpreende que os ativistas dos direitos dos animais, especialmente a PETA, tenham inundado o Twitter para tentar impedir que as pessoas que têm perguntas legítimas possam obter respostas", disse o SeaWorld em sua página na internet. "Cerca de 70% das perguntas até agora vieram da PETA e outras agências ou de um 'bot' (software que gera mensagens automáticas em redes sociais). É lamentável que essas pessoas tentem sufocar respostas honestas e fundamentados ao inundar as redes sociais com perguntas repetidas e contas fictícias", acrescentou. A PETA disse, porém, que a reação foi "espontânea e maciça". A iniciativa "foi contraproducente porque as pessoas viram uma oportunidade de dizer ao SeaWorld o que pensam sobre a crueldade de separar famílias orcas, obrigar as orcas a nadar em círculos em pequenos tanques de concreto por anos e as drogando para mascarar o estresse e a raiva causados pelo cativeiro", informou nesta terça-feira, em uma mensagem à AFP, Colleen O'Brien, diretor da PETA. Com a campanha #AskSeaWorld apareceram nas redes sociais perguntas como "Por que os animais passam fome até participar dos shows?", "Como posso acreditar que um tanque se assemelha ao ambiente natural de uma orca?" ou "Porque contratar intencionalmente treinadores inexperientes em biologia marinha?". O SeaWorld admitiu no ano passado que sua receita caiu, em parte, pela campanha de ativistas contra o uso de orcas para shows, que atingiu seu pico em 2013 com o aclamado documentário "Blackfish", sobre o impacto do cativeiro para orcas e o ataque de uma delas - que resultou na morte de um treinador. A empresa planeja concluir até 2018 novos tanques gigantes para suas orcas.

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