segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Banhistas encontram arraia ameaçada de extinção em praia de Peruíbe, SP


Uma arraia já morta foi encontrada por banhistas em uma praia de Peruíbe, no litoral de São Paulo, na manhã deste sábado (9). Segundo especialistas, a espécie Rhinobatos sp, também conhecida como viola, é comum no litoral e está em extinção. O animal foi visto bem próximo ao mar na praia do bairro Jangada, por volta das 9h30. A professora Leiko Nemoto disse que caminhava com uma amiga na faixa de areia quando avistou o animal. "Ela já estava praticamente morta. Fiquei com medo de encostar, mas é uma pena", contou. O G1 entrou em contato com a Polícia Ambiental para saber se o animal havia sido retirado do local, mas sem sucesso. O aquário de Peruíbe, para onde os animais marinhos encontrados na orla costumam ser encaminhados também não recebeu nenhum chamado de resgate durante o dia. Apesar disso, o biólogo responsável pelo local acredita que a raia possa ter sido levada de volta pela própria maré. "Pelas imagens acredito que seja realmente uma raia viola. É uma espécie comum no nosso litoral e está em extinção. Ela é muito capturada para alimentação. Quanto ao perigo no mar, ela tem um ferrão pequeno e dificilmente pode ferir alguém", explica Thiago Nascimento. Este peixe, conhecido também por guitarra e raia-viola (seu formato lembra esses instrumentos musicais). É tão manso que normalmente deixa-se tocar por mergulhadores, especialmente à noite, período em que está mais ativo. Durante o dia costuma ficar “enterrado” enquanto descansa. Hoje esta espécie está ameaçada de extinção, sobretudo por ser capturada acidentalmente (ou não) pelas redes de arrasto de camarão. Tanto que a sua pesca é proibida.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Trairá (Lobó)






Traíra ou lobó é o nome dado ao gênero de peixes carnívoros de água doce da família Erythrinidae. A traíra pertence a um grupo de peixes desprovidos de nadadeira adiposa. É um dos peixes mais populares do Brasil, presente em quase todos os açudes, lagos, lagoas e rios. Nas regiões que oferecem boa alimentação, é comum que atinjam 69 centímetros de comprimento, e alguns exemplares excedem 2 quilogramas de peso. Sua pesca é feita de anzol, com isca de peixe ou carne; as traíras de mais de 1,3 quilograma só costumam atacar iscas em movimento, como as artificiais. Deve-se ter cuidado ao manipulá-la, pois costumam dar mordidas muito dolorosas e que sangram abundantemente. É indesejável em piscicultura, pois alimenta-se vorazmente de alevinos e peixes jovens de outras espécies. Tem marcada predileção por sombras e escuridão. É um peixe territorialista e canibal; protege suas crias até que se espalhem em meio a vegetação marginal. Devido às características carnívoras e à sua predileção pelas sombras e escuridão, o vocábulo "traíra" também é utilizado como gíria no Brasil para identificar o indivíduo traidor, que age nas sombras, sorrateiramente delatando ou prejudicando seus colegas. É um peixe voraz, briguento, completamente territorial e muito esportivo. Possui dentes afiadíssimos e todo o cuidado é pouco no seu manuseio, pois além de tudo ela é extremamente lisa e escorregadia. A traíra está ativa quando a água está quente, com temperatura acima de 18° C. Ela habita locais de água parada e com vegetação aquática abundante. Pedaços de madeira, troncos caídos, latas, são um ótimo esconderijo para as traíras. Nos meses frios se enterram no fundo para suportarem a baixa temperatura da água. A pesca com iscas artificiais é uma ótima opção para quem deseja capturá-las. Quanto às iscas naturais, pequenos peixes, rãs e minhocas são parte de seu cardápio predileto. Tanto na pesca com iscas artificiais, ou então com as tradicionais varas de bambu, um líder grosso ou um empate de aço são recomendados, pois seus dentes são muito afiados. Se você estiver pescando com anzol simples, este deve preferencialmente ser de perna comprida, pois é uma segurança a mais. As traíras podem atingir aproximadamente 60 centímetros de comprimento e 4 quilogramas de peso. Não se deve confundir a traíra com o trairão (Hoplias lacerdae) da Amazônia, que pode chegar a um comprimento de 1 metro e atingir um peso de até 18 quilogramas.

Jacundá (Joaninha)






Jacundá é a designação comum a vários peixes do gênero Crenicichla, perciformes, da família dos ciclídeos. Possuem o corpo alongado, nadadeira dorsal contínua ocupando quase todo o dorso e, geralmente, um ocelo típico na cauda. Também são conhecidos por nhacundá e guenza. O grupo integra 113 espécies, nativas dos rios e ribeiros da América do Sul. O jacundá habita rios de água fria e corrente, sendo um peixe frágil, muito suscetível à poluição. No sul do Brasil, é conhecido também como joaninha, peixe-sabão, boca-de-velha e badejo (pelo seu aspecto parecido com o do badejo de água salgada). Pode alcançar 40 centímetros de comprimento e pesar quase um quilo.

Peixe-palmito



Peixe-palmito (Ageneiosus valenciennesi) é um peixe comum a todo o Brasil, onde também recebe os nomes de Mandobi ou Palmito-de-ferrão. Pertencendo à ordem dos peixes-gato, destes difere por não possuir os barbilhões muito grandes, são curtos e franjados, e ainda por ter a nadadeira dorsal próximo à cabeça, em formato de aguilhão. Como os peixes dessa ordem, não possuem escamas, é animal de hábitos noturnos e vive na água doce, sendo bastante pescado no Pantanal Mato-Grossense.