sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Debilitado no ES, elefante-marinho 'Fred' precisa de tratamento


O elefante-marinho Fred, que reapareceu no estado no domingo (22), permanece na praia de Campo Grande, em São Mateus, Norte do Espírito Santo. Desde que chegou à praia, o animal começou a ser monitorado por pesquisadores do Instituto Baleia Jubarte, do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos, e de uma empresa privada. A veterinária Adriana Colosio disse que Fred perdeu muito peso nos últimos 15 dias, desde sua última aparição no litoral capixaba, e isso preocupa os pesquisadores. “Ele está bem magro, debilitado, sinal que está com alguma doença. Ele está precisando de medicamento, de intervenção, mas vamos entrar em um consenso para ver a melhor forma de fazer isso. Estamos cuidando pra ele não voltar pra água. Ele vai permanecer aqui até decidirmos como tratá-lo”, explicou a veterinária. Para garantir que Fred não volte para o mar antes de ser tratado, tapumes foram colocados ao redor do animal. Médicos veterinários do Instituto de Mamíferos Aquáticos, da Bahia, estão a caminho do Espírito Santo para se juntarem aos outros pesquisadores e iniciarem um tratamento no elefante-marinho . Fred visita o Estado desde a Copa do Mundo de 2014. Por se movimentar devagar, foi apelidado de Fred, jogador da Seleção Brasileira da época.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O misterioso dragão-marinho vermelho filmado pela 1ª vez nas profundezas do oceano


Pesquisadores conseguiram filmar pela primeira vez um exemplar vivo de uma espécie rara de dragão-marinho - o vermelho. (Assista ao vídeo) Até então, só eram conhecidas outras duas espécies do animal. Os biólogos já sabiam que ela existia com base em resíduos que chegaram à praia, mas não tinham certeza se era uma nova espécie ou não. O animal vive em uma zona mais profunda do mar que seus parentes, a mais de 50 metros de profundidade. Imagens foram capturadas em arquipélago australiano (Foto: Instituto de Oceanografia Scripps e da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD)/BBC) Para chegar até ele, foi preciso usar um equipamento com câmeras submersíveis. Agora, graças às imagens capturadas no aquipélago Recherche, na Austrália, foi possível confirmar que o dragão vermelho não tem apêndices em forma de folha, uma característica do dragão-marinho comum. Foi possível confirmar, portanto, tratar-se de uma nova espécie - ela mede 25 cm de comprimento e tem um rabo amarelo curvado. Raros, os dragões-marinhos vivem no litoral da Austrália.

Tubarão fêmea surpreende cientistas ao dar à luz após 3 anos sem contato com macho




Um tubarão fêmea foi capaz de reproduzir num aquário em Townsville, na Austrália, três anos após ter sido separada de macho da espécie. Mesmo sem fertilização, Leonie, exemplar de uma espécie conhecida como tubarão-zebra, botou três ovos com embriões e deu à luz a Cleo, CC e Gemini. É o primeiro caso registrado de troca natural de tipo de reprodução - de acasalamento por reprodução assexuada - envolvendo tubarões e o terceiro relatado entre todas as espécies de vertebrados, segundo o jornal britânico "The Guardian". A descoberta foi publicada na revista científica Nature nesta segunda-feira (16). Capturada no mar em 1999, Leonie foi introduzida a um macho no aquário de Townsville, na costa Leste da Austrália, em 2006. Dois anos depois, começou a botar ovos e teve várias ninhadas por acasalamento antes de ser separada de seu companheiro em 2012 - o aquário decidiu reduzir seu programa de criação à época. Cleo e CC são os primeiros caos relatados de filhotes de tubarão criados a partir apenas de uma fêmea que já havia acasalado anteriormente Cleo e CC são os primeiros caos relatados de filhotes de tubarão criados a partir apenas de uma fêmea que já havia acasalado anteriormente (Foto: Tourism and Events Queensland) O artigo da revista "Nature" explica que "partenogênese é uma forma natural de reprodução assexuada em que os embriões se desenvolvem na ausência de fertilização" e é mais comum em plantas e organismos invertebrados. Os pesquisadores explicam que usaram testes de DNA para relatar "a primeira demonstração" de reprodução sem sexo em um tubarão que já havia acasalado anteriormente. De acordo com o artigo da "Nature", Lolly - uma das filhotes fêmeas de Leoni concebidas com fertilização ainda no tempo em que ela dividia o aquário com um macho - também botou ovo com embrião sem ter convivido com um macho depois que atingiu a maturidade sexual. "A demonstração da partenogênese nesses dois indivíduos com diferentes histórias sexuais fornece mais apoio para (a tese de) que os peixes elasmobrânquios são capazes de adaptar de forma flexível sua estratégia reprodutiva às circunstâncias ambientais", diz o resumo do artigo. Em 2014, funcionários do aquário de Townsville observaram que os ovos de Leonie e de sua filha Lolly tinham embriões. Tentaram incubá-los, mas não obtiveram sucesso. No ano seguinte, Leonie e Lolly produziram ovos que continham embriões. Juntas, elas tiveram cinco filhotes vivos, dos quais dois (Cleo, que nasceu de Leonie, e Kitkat, que veio de um ovo de Lolly) permanecem em exposição no aquário de Townsville, segundo o "Guardian". O fato de algumas espécies de tubarão botarem ovos com embriões sem a presença de um macho não é algo atípico. Mas trata-se do primeiro registro de um tubarão que naturalmente trocou a forma de reprodução de fecundação por partenogênese. Os testes genéticos dos filhotes de Leonie que nasceram depois que ela foi separada do macho indicaram que eles são resultado da reprodução assexuada e não de esperma armazenado - tubarões fêmeas armazenam esperma vindo dos machos por até quatro anos. "A maioria dos casos documentados de partenogênese facultativa em vertebrados foram registados de fêmeas em cativeiro que não tiveram exposição a machos durante toda a sua vida reprodutiva", salienta o artigo publicado na Nature. Por isso, o caso de Leoni, que foi capaz de dar à luz após três anos sem acasalar com um macho, surpreendeu os cientistas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Mergulhador é atacado por tubarão e grava vídeo na Austrália



Um mergulhador foi atacado por um tubarão na costa da cidade de Queensland, na Austrália. Kerry Daniel, de 35 anos, conseguiu se defender com uma lança de pesca e gravou os momentos em que o animal se aproximou para o ataque. Nas imagens, o tubarão-cabeça-chata se aproxima em direção a Daniel pronto para a mordida. O animal é atingido pela lança dentro de sua arcada. Ele tenta se desvencilhar por um tempo. Depois, desiste e sai. “Ele arrancou a arma da minha mão e rasgou a linha [da lança] fora também”, disse Daniel ao “Daily Mail”. “Eu não percebi que a arma estava presa em sua boca. Fiquei esperando ele cuspir”. O mergulhador disse que não tem mais informações sobre o estado do tubarão. Espécie é conhecia por ser mais violenta e é comum em áreas costeiras e mais rasas nos trópicos.

Orcas entram na menopausa para evitarem competição com filhas, diz estudo



Cientistas britânicos conseguiram responder uma questão intrigante do mundo animal: por que a orca é uma das únicas espécies em que a fêmea entra na menopausa, assim como ocorre entre as humanas? Segundo um estudo, que levou em conta um conjunto de dados sobre orcas vivendo no Noroeste do Pacífico coletados durante 43 anos, as orcas param de se reproduzir e entram na menopausa para evitarem a competição com suas filhas. As orcas, também conhecidas como "baleias assassinas", começam a se reproduzir aos 15 anos e param quando chegam aos 30 ou 40. Depois disso, continuam a ter uma vida ativa e de liderança até os 90 anos. Estudos anteriores já tinham identificado o importante papel das orcas após a menopausa: elas são responsáveis por guiar os membros mais novos da comunidade para os locais mais favoráveis do oceano para se encontrar alimento. Porém, apenas o fato de elas se tornarem líderes depois de certa idade não justificaria, em termos evolutivos, a interrupção da fase reprodutiva. Segundo os pesquisadores, fêmeas de outras espécies também agem como líderes em idades mais avançadas e nem por isso param de se reproduzir. A análise dos dados coletados no Pacífico finalmente revelou uma resposta possível a esse mistério. Os cientistas constataram que quando orcas mais velhas se reproduzem ao mesmo tempo que suas filhas, a taxa de mortalidade dos filhotes das primeiras é 1,7 vezes maior do que a dos filhotes das mais jovens. Por isso as fêmeas mais velhas tendem a parar de se reproduzir quando fêmeas de uma geração mais nova começam a se reproduzir. Desta forma se evita a competição que pode ser nociva para a preservação da espécie.

Guia turístico morre atacado por crocodilos em reserva na África do Sul


Um guia turístico morreu ao ser atacado por crocodilos em uma reserva natural da África do Sul enquanto trabalhava em uma das balsas do complexo, informaram nesta segunda-feira (16) os veículos de imprensa sul-africanos. O incidente aconteceu neste fim de semana na reserva de Le Bonheur, situada na província de Cabo Ocidental, no sudoeste do país. Segundo a polícia, que abriu uma investigação sobre o incidente, o corpo do guia foi encontrado por seus colegas. Alguns deles tiveram que receber tratamento psicológico. Depois da morte, os donos da reserva suspenderam as visitas às balsas de crocodilos, que não serão retomadas até dentro de alguns dias. O complexo abriga mais de mil crocodilos e oferece a seus visitantes a possibilidade de ver os répteis debaixo d'água através de um vidro ou mergulhar dentro de uma jaula ao redor destes animais. O centro organiza também conferências, festas de casamento e de aniversário em suas instalações.

Jacaré gigante filmado em reserva na Flórida é comparado a Godzilla


Um jacaré gigante apelidado de "Godzilla" ou "Corcunda" foi filmado por uma moradora de Lakeland, na Flórida, e gerou polêmica nas redes sociais. (Foto: Kim Joiner/Facebook) A americana Kim Joiner postou neste domingo (15) o vídeo, em que o réptil cruza lentamente em frente de passantes assustados com seu tamanho na reserva natual Circle B Bar, no condado de Polk. Internautas chegaram a questionar a veracidade do vídeo, insinuando que ele teria sido manipulado digitalmente, mas outros moradores da região relataram também ter avistado o animal.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

SeaWorld anuncia morte da orca Tilikum, que matou treinadora em 2010


O parque SeaWorld anunciou que Tilikum, orca que foi responsável pela morte de sua treinadora em 2010, morreu na manhã desta segunda-feira (6) em Orlando, na Flórida. A orca tinha cerca de 36 anos e vivia no SeaWorld de Orlando havia 25 anos, depois de ter sido transferida do parque Sealand of the Pacific, no Canadá. A causa da morte só será determinada após a realização da necrópsia, mas a orca sofria de uma infecção bacteriana grave no pulmão. "A vida de Tilikum vai sempre estar indissoluvelmente conectada com a perda de nossa querida amiga e colega, Dawn Brancheau. Enquanto todos experimentamos profunda tristeza por essa perda, continuamos a oferecer a Tilikum o melhor cuidado possível, a cada dia, dos maiores especialistas em mamíferos marinhos do país", declarou a instituição, em nota. Na morte da treinadora Brancheau, o comportamento foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvá-la e a treinadora, uma das mais experientes do Seaworld, ficou totalmente indefesa. O terrível incidente, que foi testemunhado por várias pessoas do público que não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado pelas câmeras de vídeo, que o parque se negou a divulgar por serem parte das investigações em andamento. Depois disso, o Seaworld adotou novas medidas de segurança em seus parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas).

Tartaruga albina nasce em ninhada de mais de 100 filhotes no Araguaia



Uma tartaruga albina se destacou entre os mais de 100 filhotes nascidos nos últimos dias às margens no Rio das Mortes, em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, por meio do projeto Quelônios do Araguaia. Ser diferente, nesse caso, não é bom, segundo o executor do projeto na região, Gaspar Saturnino Rocha, já que o filhote não consegue passar despercebido e se torna alvo fácil para os predadores. Além de enfrentar dificuldades para se esconder dos predadores, a tartaruga albina ainda é menos resistente que as outras. "Não vimos nenhuma delas na fase adulta na natureza", pontuou Gaspar, que é técnico ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e trabalha no projeto de preservação desses animais. Outras tartarugas albinas já nasceram na região, mas isso é considerado raro. Gaspar Saturnino citou que certa vez uma equipe levou outra tartaruga albina para um cativeiro em Goiás. O animal recebeu tratamento diferenciado, longe dos predadores, e chegou à fase adulta. "Na natureza é difícil ela sobreviver, principalmente durante o inverno. Em junho e julho, elas não resistem ao frio e acabam morrendo, pois são mais frágeis do que as outras", pontuou o coordenador do projeto, que é realizado na Amazônia há mais de 30 anos e protege os ovos das tartarugas – desde o período de desova até o nascimento dos filhotes. Quando a desova acontece muito perto da água, os técnicos retiram os ovos para evitar que sejam levados para dentro do rio e os depositam em covas, dificultando a localização por parte de predadores. Depois de 65 dias, período em que os filhotes começam a nascer, as covas são abertas e as tartarugas retiradas e soltas na natureza. São mais de 100 ovos em cada cova. Normalmente, são entre 97 e 148 ovos por ninho. Em outros casos, a equipe do projeto cerca a área onde os ovos estão depositados e aguarda a eclosão natural. Essa tartaruga albina e os outros filhotes vivem na Unidade de Conservação Estadual Refúgio de Vida Silvestre, em Ribeirão Cascalheira, criada pelo governo do estado. Além do técnico do Ibama, atuam no projeto um técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e um técnico cedido pela prefeitura daquele município.