sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Expedição em corais na costa do Amapá revela novas espécies de peixes




A expedição inédita do Greenpeace que ao longo de 20 dias percorreu a costa do Amapá, revelou as primeiras descobertas sobre os recifes de corais recém-descobertos na foz do rio Amazonas. Os pesquisadores apontaram três possíveis novas espécies de peixes, além de um paredão de granito com 70 metros de altura e 10 quilômetros até então inesperado pela equipe. As novas espécies seriam duas de peixe-borboleta e uma de budião-sabão. O ecossistema dos recifes, que tem pelo menos 9.500 quilômetros quadrados, foram identificados em maio de 2016. A expedição a bordo do navio Esperanza se concentrou em uma área 100 quilômetros da costa de Oiapoque. Os primeiros corais foram observados a 180 metros de profundidade. “O próximo passo é continuar o estudo, tentar encontrar esses peixes e estudá-los de acordo com o seu DNA. Só assim teremos certeza de que são uma espécie até então não catalogada pela ciência”, detalhou o professor Ronaldo Francini Filho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que foi o primeiro pesquisador a chegar nos recifes através de um mini-submarino. Descoberto somente nos últimos dias da expedição, que encerrou na quinta-feira (16), o paredão, aparentemente de granito, com 10 quilômetros de comprimento é totalmente diferente das características comuns do ecossistema submarino até então identificado na região. A estrutura também estava tomada por corais. “Se comprovarmos que é realmente granito, vai ser algo bem importante. Não existe nenhum relato desse tipo de rocha numa área de 50 mil quilômetros quadrados aqui na plataforma em que estamos”, explicou Nils Asp, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA). A proposta da expedição é chamar a atenção de petrolíferas que ganharam o leilão para explorar a costa do estado, o que, segundo os ativistas, poderia acabar com a vida dos corais. "Mostramos por que não podemos deixar que empresas explorem petróleo na região da foz do rio Amazonas. Ainda mais se pouco conhecemos esse ecossistema", disse Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Para o Greenpeace, os recifes estão ameaçados pelo fato de estarem localizados dentro dos lotes a serem explorados pelas duas petrolíferas que ganharam a licitação feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 2013. O arremate total foi de R$ 802 milhões.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Jacaré amazônico pode ficar até 70 dias sem comer para proteger ninhos



Jacarés fêmea da espécie Jacaretinga podem resistir por longos períodos sem alimentação para proteger os ninhos, apontam pesquisadores. De acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Mamirauá, o período reprodutivo desses animais é influenciado pelo ciclo dos rios. O período de reprodução associado ao acompanhamento do ninho influencia na composição da dieta do jacaré amazônico. Os dados foram apontados em um artigo publicado no período científico internacional Herpetological Journal, da Sociedade Britânica de Herpetologia. O estudo foi realizado na Reserva Piagaçu Purus, a aproximadamente 350 km de Manaus, e avaliou as diferenças entre a dieta de fêmeas desta espécie de jacaré amazônico (Caiman crocodilus) em período de incubação dos ovos e fêmeas fora desse período. O período de reprodução, junto ao acompanhamento do ninho, está ligado à escolha das presas e a frequência da alimentação durante a incubação dos ovos. "A composição da dieta destas fêmeas difere significativamente de outras fêmeas não nidificantes (que não constroem ninhos). Acreditávamos que, na época de nidificação, as fêmeas, que investem uma grande quantidade de energia na vigilância e cuidado dos ninhos, usando reservas internas de energia. O que pode acontecer com outras espécies também", comentou Robinson Botero-Arias, pesquisador do Instituto Mamirauá. Durante a pesquisa, foi avaliado o conteúdo estomacal de 33 fêmeas que estavam vigiando os ninhos, e de 16 que estavam sem ninhos. Os animais foram pesados, medidos e marcados pelos pesquisadores, e o conteúdo estomacal foi obtido após lavagem estomacal. "As fêmeas no ninho se alimentaram com as presas disponíveis próximo a seu entorno. E esta disponibilidade é diferente para as fêmeas não nidificantes, as que talvez tenham mais opções de presas. Por isso, 70% da composição da dieta das fêmeas nidificantes é de invertebrados", explicou o pesquisador, por meio da assessoria. De acordo com o pesquisador, o cuidado parental de ninhos e filhotes é um comportamento característico entre os crocodilianos, como uma estratégia das fêmeas para garantir a sobrevivência dos filhotes. O período reprodutivo desses animais é influenciado pelo ciclo dos rios, a construção dos ninhos ocorre durante a vazante, que geralmente inicia em setembro. Para a Jacaretinga, o período de incubação dos filhotes dura entre 60 e 70 dias, e a mãe acompanha e protege seus filhotes por mais de um ano. A pesquisa realizada, segundo o pesquisador, ajuda no desenvolvimento de estratégias de conservação para o animal ou a área em que habita. "Esta informação, por exemplo, reforça a vulnerabilidade das fêmeas num momento importante dentro do processo de dinâmica populacional. Por isso, é importante, quando pensamos em áreas protegidas (unidades de conservação) como as Reservas Mamirauá ou Piagaçu Purus, ter estas informações para o estabelecimento de áreas de preservação, por exemplo", completou o pesquisador.

Foca pega carona em caiaque durante passeio na Escócia


Um homem e uma mulher navegavam em seus caiaques no estuário do rio Forth, na Escócia, quando tiveram uma surpresa. (Assista ao vídeo) Uma foca não só apareceu no meio do caminho, como resolveu pegar uma carona com eles. O animal se aproximou e, para diversão da dupla, subiu em um dos caiaques - e ficou por lá. A foca passou um tempo descansando enquanto eles navegavam - só voltou para a água depois de 1,5 km. "Foi uma experiência incrível", eles disseram.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Gelo marinho ao redor da Antártica alcança baixa recorde.


O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira (14). O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono. Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve. Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979. Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde. “Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters. “Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

'Jacaré laranja' chama atenção em lago nos EUA


Um aligátor (jacaré americano) chamou atenção para apresentar uma cor alaranjada nas margens de um lago em Hanahan, no estado da Carolina do Sul (EUA). Jay Butfiloski, do Departamento de Recursos Naturais da Carolina do Sul, disse que o animal pode ficado com tal cor por ter se abrigado durante o inverno em uma tubulação de aço que estava oxidado. Especialistas disseram que que o jacaré vai trocar de pele em breve e provavelmente voltará à cor normal.

Mudanças climáticas ameaçam sobrevivência do pinguim africano, alerta estudo


As mudanças climáticas e a pesca excessiva deixaram os jovens pinguins africanos, espécie em risco de extinção, confusos sobre onde encontrar comida, e eles estão morrendo em grande quantidade em consequência disso - disseram pesquisadores nesta quinta-feira (9). Um estudo publicado na revista científica "Current Biology" descreve uma situação difícil para os pinguins africanos, cuja população jovem deve reduzir em 50% em algumas das áreas mais afetadas da costa da Namíbia e da África do Sul, segundo projeções. "Nossos resultados mostram que os pinguins africanos ficam presos, buscando comida nos lugares errados, devido à pesca e às mudanças climáticas", disse o autor principal do estudo, Richard Sherley, da Universidade de Exeter e da Universidade de Cape Town. O problema aparece quando os pinguins jovens deixam suas colônias pela primeira vez e viajam longas distâncias, procurando no oceano sinais de áreas com abundância de peixes e plânctons. Esses sinais incluem áreas do mar com baixas temperaturas e alta clorofila, o que indica a presença de plâncton e, provavelmente, de peixes que se alimentam deste, como sardinhas e anchovas. "Estas eram pistas confiáveis para águas ricas em presas, mas as mudanças climáticas e a pesca industrial reduziram as reservas de peixes nesse sistema", disse Sherley. "Esses sinais agora podem levá-los a lugares onde esses peixes, a principal presa dos pinguins, são escassos", acrescentou. Os pesquisadores usaram satélites para rastrear pinguins africanos jovens de oito locais em toda sua área de reprodução. Eles descobriram que muitos pinguins estavam ficando presos no Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela, uma área que se estende do sul de Angola até Cape Point, no Cabo Ocidental da África do Sul. A região sofre há décadas com a sobrepesca e as mudanças ambientais, que reduziram a quantidade de peixes. "Os pinguins ainda vão para locais onde o plâncton é abundante, mas os peixes não estão mais lá", completou Sherley. Os pinguins jovens que vão parar ali com frequência morrem de fome. "Seus números de reprodução estão cerca de 50% mais baixos do que estariam se eles encontrassem seu caminho para outras águas, onde o impacto humano é menos grave", explicou o estudo. Os pinguins africanos são considerados uma espécie ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), com cerca de 50 mil exemplares restantes na Namíbia e na África do Sul, devido principalmente à escassez de alimentos.

O encalhe trágico de mais de 600 baleias em praia da Nova Zelândia


Equipes de resgate trabalhavam para tentar salvar 400 baleias-piloto que encalharam na madrugada de quinta para sexta-feira na costa da Nova Zelândia, quando mais 200 animais chegaram à costa neste sábado (11). Até agora, o encalhe trágico já contabiliza mais de 600 baleias em apenas três dias. Em um dos piores casos já registrados no país, pelo menos 300 cetáceos já morreram na praia de Farewell Spit, apesar do esforço das equipes, que fizeram uma verdadeira corrente humana para tentar levar os animais de volta ao mar. Cerca de 100 baleias do primeiro encalhe foram salvas e identificadas. Segundo Andrew Lamason, do Departamento de Conservação da Nova Zelândia, nenhuma das baleias que chegou à costa neste sábado possuía identificação, o que indica que seria de fato um novo grupo. Mais de 300 dos 400 animais da primeira leva morreram enquanto as equipes de resgate tentavam salvá-los. Outros 20 foram mortos pelas equipes porque estavam em condições precárias de saúde e não sobreviveriam. As autoridades ainda não sabem como vão descartar as carcaças dos animais. De acordo com Lamason, jogar no mar não é uma possibilidade já que os restos se tornariam gasosos e flutuariam até as praias. Centenas de moradores e agentes de proteção ambiental participam da operação de resgate, que começou na manhã de sexta-feira. Um dos voluntários disse que pessoas "de todas as partes do mundo" trabalham para tentar salvar a vida das baleias. Ainda não se sabe a razão que levou tantos cetáceos a encalharem em poucos dias na costa do país. Uma das teorias analisadas é a de que as baleias foram "empurradas" para a praia por tubarões, já que vários animais mortos apresentavam mordidas pelo corpo. Outra hipótese levantada por Herb Christophers, do Departamento de Conservação, é a de que as baleias encalharam ao tentar nadar em torno da ilha sul da Nova Zelândia, e erraram a navegação, acabando na praia. Segundo ele, trata-se de um lugar muito difícil para baleias perdidas. Muitos desses incidentes acontecem em Farewell Spit. de acordo com especialistas, as águas rasas da praia parecem confundir os cetáceos, dificultando sua capacidade de navegar. Danny Glover, um dos socorristas presentes no local, contou à BBC que a praia é conhecida como uma "armadilha para baleias", devido a sua surpreendente variação de maré, que pode chegar a até 5 quilômetros, mas com apenas 3 metros de profundidade. Mas há outras hipóteses para os encalhes dos cetáceos. Em alguns casos, os animais estão doentes, com idade avançada, feridos ou cometem erros de navegação, especialmente quando se trata de praias com inclinação suave. E, muitas vezes, quando uma baleia encalha, ela envia um sinal de socorro para atrair outros membros de seu grupo, que por sua vez também acabam encalhando quando a maré baixa. Há ainda a hipótese do "suicídio": algumas baleias seguiriam para as praias e encalhariam voluntariamente porque estariam muito doentes para continuar nadando. Nesses casos, por causa da estrutura social do baleal, os animais seguiriam aqueles mais fracos e encalhariam como um ato altruísta, para continuar cuidando dos membros mais frágeis da família. De acordo com o New Zealand Herald, o Departamento de Conservação recebeu o alerta sobre um possível encalhe na noite de quinta-feira. Porém, como era arriscado iniciar a operação de resgate no escuro, os trabalhos só começaram na manhã desta sexta-feira. A voluntária Ana Wiles contou que algumas baleias tentaram nadar de volta à costa, e a corrente humana estava tentando fazer com que elas fossem para águas profundas. Ela relatou ao site de notícias Stuff que havia "muitas barbatanas no ar, sem respiração". "Conseguimos fazer algumas baleias flutuarem, mas havia uma quantidade horrível de mortos na parte rasa, então foi realmente muito triste", disse Ana Wiles. "Uma das coisas mais bacanas foi que conseguimos salvar um casal (de baleias), e tiveram filhotes", acrescentou. A Nova Zelândia tem uma das maiores taxas de encalhe no mundo, com cerca de 300 golfinhos e baleias desembarcando em suas praias todos os anos, de acordo com o Project Jonah. Em fevereiro de 2015, cerca de 200 baleias encalharam no mesmo local, sendo que pelo menos metade morreu.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Com apenas 30 exemplares, boto mexicano está à beira da extinção


Com apenas 30 exemplares restantes no mundo, a vaquita marinha do México, o menor cetáceo do mundo, está à beira da extinção, apesar das operações para interceptar redes de pesca ilegais no país, indicaram cientistas. "A situação, que já era crítica, piorou apesar das medidas de conservação", indicou um relatório do Comitê Internacional para a Recuperação da Vaquita (Cirva). "Com a taxa atual de perda, a vaquita seria extinta até 2022, a menos que a atual proibição a redes de pesca seja mantida e aplicada efetivamente", aponta. Uma análise realizada em novembro passado no Golfo da Califórnia, no noroeste do México, revelou que restavam apenas cerca de 30 vaquitas em seu habitat, indica o texto. Um censo anterior tinha encontrado, entre setembro e dezembro de 2015, o dobro de exemplares, enquanto em 2014 havia 100, e em 2012, cerca de 200. Em um esforço desesperado para salvar a vaquita, os cientistas propuseram capturar espécimes e transportá-los a um espaço cercado no Golfo da Califórnia, onde possam se reproduzir. Alguns ambientalistas se opõem a esta medida, devido ao risco de que as vaquitas morram durante o processo. Lorenzo Rojas-Bracho, membro do Cirva, disse à AFP que os cientistas tentarão capturar vaquitas em outubro. "A pesca ilegal continua, e se não as recolhemos vão morrer de todos os modos", assegurou. As autoridades e os ambientalistas estimam que as vaquitas morreram durante anos em redes destinadas a pescar ilegalmente outra espécie ameaçada, um grande peixe chamado totoaba, cuja bexiga natatória seca tem grande demanda no mercado negro da China. O Cirva recomenda colocar "urgentemente" as vaquitas em um santuário temporário nesta primavera (boreal) e mantê-las nesse lugar durante um ano, embora reconheça que pode ser difícil, ou até impossível, pôr em prática esta medida de conservação. "Ainda não está claro se as vaquitas podem ser capturadas de forma segura ou como reagiriam à manipulação, transporte e confinamento", afirma o comitê.

Dois golfinhos e uma tartaruga são achados mortos em praias de Maceió



Dois golfinhos e uma tartaruga foram encontrados mortos em menos de 24 horas em Maceió. Um deles foi na manhã desta quarta-feira (8), na Praia de Ipioca. Ainda não se sabe as causas da morte e a espécie do animal. Na tarde de terça (7), os biólogos acharam na Jatiúca um outro golfinho em avançado estado de decomposição e uma tartaruga-verde. De acordo com Bruno Stefanis, do Instituto Biota de Conservação, os animais foram encontrados durante o monitoramento do projeto Biota Mar, um aplicativo para smartphones pelo qual é possível fazer a foto do animal e ter as coordenadas geográficas do local. "O animal foi encontrado durante o monitoramento que fazemos três vezes por semana, de Maceió até a Barra de Santo Antônio", afirma. De acordo com Stefanis, o Biota costuma encontrar durante o ano cerca de 12 animais mortos, entre golfinhos e baleias, em Maceió, mas ele diz que o número vem crescendo. "Percebemos que esse número está aumentando, assim como nossos esforços para catalogar os animais no litoral", afirma.

Peixe mais velho do mundo em cativeiro é sacrificado em aquário dos EUA


O peixe mais velho do mundo mantido em cativeiro foi sacrificado pelo aquário Shedd, em Chicago, no estado de Illinois (EUA), devido à saúde debilitada. O peixe-pulmonado-australiano chamado Vovô foi adquirido pelo Aquário Shedd em 1933 e passou 84 anos no local, tendo sido visto por mais de 104 milhões de visitantes, segundo a presidente do aquário, Bridget Coughlin. De acordo com o aquário, a espécie pode viver mais de 100 anos e é protegida na Austrália, onde existe há quase 400 milhões de anos. Fósseis encontrados desse peixe mostram que a espécie permaneceu inalterada por mais de 100 milhões de anos. Uma porta-voz do aquário Shedd disse que a idade exata de Vovô era desconhecida, mas que ele deveria ter mais de 90 anos. O peixe-pulmonado-australiano é nativo dos rios Mary e Burnett, em Queensland, na Austrália.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Andada do caranguejo-uça começa e captura fica proibida no ES


O primeiro período de 'andada' do caranguejo-ucá começa no dia 28 de janeiro e termina no dia 4 de fevereiro em todo o Espírito Santo - exceto no município de Anchieta, onde teve início no dia 13 e termina nesta quinta-feira (19). Nesse intervalo, é proibido capturar, transportar, armazenar e comercializar os animais. O objetivo é a preservação da espécie e a reprodução. O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) vai intensificar a fiscalização e as ações educativas, já que a pesca predatória ameaça a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Quem desobedecer às determinações vai ser responsabilizado por crime ambiental. A pena prevista é a detenção de um a três anos e multa. A 'andada' é o nome dado ao período reprodutivo do caranguejo-uçá, no qual os machos e fêmeas saem das tocas para o acasalamento e andam pelo manguezal para a liberação de ovos, tornando-se vulneráveis à pesca predatória. Durante os períodos da 'andada', não é permitido o estoque, mesmo que o crustáceo tenha vindo de outro estado ou país. As denúncias devem ser feitas através dos telefones 190, 181 ou 3636-1650. 

Andadas em 2017 (exceto o município de Anchieta): 
1º Período: de 28/01 a 04/02; 2º Período: de 27/02 a 05/03; 3º Período: de 28/03 a 03/04; 

No município de Anchieta: 1º Período: de 13/01 a 19/01 e 28/01 a 04/02; 2º Período: de 11/02 a 18/02 e 27/02 a 05/03; 3º Período: de 13/03 a 20/03 e 28/03 a 03/04.

As primeiras imagens das recém-descobertas formações de corais na foz do Amazonas



As primeiras imagens de um grande recife de corais descoberto na região amazônica no ano passado forram divulgadas por ativistas de preservação ambiental. O Recife de Corais da Amazônia é um sistema de 9,5 mil quilômetros quadrados formado por corais, esponjas e algas calcárias, segundo a ONG Greenpeace. A barreira de corais tem quase 1 mil km de extensão e fica na região onde o rio Amazonas encontra o oceano Atlântico. Mas os ativistas alertam que algumas empresas podem começar a prospectar petróleo na região se obtiverem permissão do governo brasileiro. "Esse sistema de recifes é importante por muitas razões, incluindo o fato de que ele tem características únicas em relação à disponibilidade de luz e condições físicas e químicas da água", segundo afirmou em um comunicado o pesquisador Nils Asp, da Universidade Federal do Pará. "Ele tem um grande potencial para novas espécies e também é importante para o bem-estar econômico de comunidades de pescadores ao longo da zona costeira amazônica." Os cientistas ficaram surpresos com a descoberta, ocorrida em abril de 2016. Isso porque eles pensavam ser improvável a descoberta de recifes na área devido a condições desfavoráveis, segundo um estudo publicado no jornal científico Science Advances. O sistema de recifes fica em profundidades que variam entre 25 e 120 metros de profundidade. Asp afirma que sua equipe quer mapear o sistema gradualmente. Até agora, somente 5% dele foi mapeado. "Nossa equipe quer ter um melhor entendimento de como esse ecossistema funciona, incluindo questões importantes como seus mecanismos de fotossíntese com condições limitadas de luz." Para o Greenpeace, a atividade de prospecção na área significa "um risco constante de derramamento de petróleo". Segundo o ativista Thiago Almeida, o processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo já está ocorrendo. "O Parque Nacional do Cabo Orange, o ponto mais ao norte do Estado do Amapá, abriga o maior ecossistema contínuo de mangues do mundo, e não há tecnologia capaz de limpar petróleo de um lugar com essas características", afirmou. "Além disso, os riscos nessa área se elevam por causa de fortes correntes e sedimentos que são carregados pelo rio Amazonas." A organização afirma ainda que um eventual acidente com petróleo na região poderia em tese colocar em risco não só os corais, mas também espécies como o peixe-boi-marinho, o tracajá e a ariranha, ameaçadas de extinção segundo a lista da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) de 2014. O Greenpeace enviou seu navio Esperanza à região para retratar os corais e fazer campanha pela não prospecção de petróleo no local. O grupo afirmou que até agora 95 poços foram cavados na região. Deles, 27 foram abandonados devido a problemas mecânicos e o restante não foi adiante por não serem técnica ou economicamente viáveis.