sábado, 30 de setembro de 2017

Novo iceberg se desprende de geleira na Antártica, diz Nasa


Um novo iceberg se desprendeu da região da geleira de Pine Island, oeste da Antártica. A fotografia acima foi divulgada pela agência espacial americana (Nasa) nesta quarta-feira (27). A imagem de cor original foi capturada no último dia 21 de setembro pelo satélite Landsat 8 da Nasa. Ela mostra o início da fenda no centro da plataforma de gelo. De acordo com a agência, essa ruptura produziu o iceberg B-44, visível em outras imagens capturadas em 23 de setembro pelo satélite Sentinel-1, da Agência Espacial Europeia (ESA), com descoberta do analista Matthew Welshans, do Centro Nacional do Gelo nos Estados Unidos (USNIC). O novo pedaço de gelo flutua na baía de Pine Island, no mar de Amundsen, e tem 185 km² -- cerca de duas vezes a área da capital do Espírito Santo, Vitória. Ele é maior do que o iceberg descoberto em janeiro deste ano na mesma região, mas menor do que o descoberto em julho de 2015 (225 km²).

Após tsunami, quase 300 espécies viajaram do Japão aos EUA


O tsunami que devastou a costa leste do Japão em 2011 fez com que quase 300 espécies marinhas viajassem através do Pacífico até o litoral dos Estados Unidos, na maior e mais longa migração marinha já registrada. Um grupo de cientistas americanos realizou buscas em praias dos estados de Washington, Oregon, Califórnia, Columbia Britânica, Alasca e Havaí, onde rastrearam a origem das espécies até o Japão, segundo o estudo divulgado nesta quinta-feira (28) pela revista científica "Science". "Este acabou sendo um dos maiores experimentos naturais não planejados na biologia marinha – talvez na história", afirmou o especialista John Chapman da Universidade Oregon State, um dos coautores do estudo, citado pelo jornal britânico "The Guardian". O tsunami, resultante de um terremoto de magnitude 9,0 no dia 11 de março de 2011, gerou em torno de cinco milhões de toneladas de escombros nos municípios de Iwate, Miyagi e Fukushima. Segundo os especialistas, 70% dos destroços se depositaram no fundo do mar, mas uma quantidade incontável de objetos flutuantes foi arrastada pelas correntes marítimas. A chegada das quase 300 espécies japonesas à costa oeste dos EUA poderá causar sérios problemas caso esses organismos consigam se fixar no novo ambiente, se sobrepondo às espécies nativas. Os pesquisadores estimam que aproximadamente um milhão de organismos -- entre eles peixes, moluscos e centenas de milhares de mexilhões -- viajaram quase 8 mil quilômetros através das correntes do Pacífico Norte. Levará anos até que seja possível avaliar a sobrevivência desses seres e se conseguirão superar em quantidade as espécies nativas. O problema das espécies invasoras ocorre em todo o mundo, com plantas e animais sobrevivendo em locais onde não antes pertenciam. No passado, invasões marinhas danificaram espécies de moluscos, erodiram ecossistemas locais, gerando prejuízos econômicos e disseminando doenças. "A diversidade [das espécies invasoras] foi algo que nos deixou boquiabertos", afirmou Carlton. "Moluscos, anêmonas-do-mar, corais, caranguejos, uma ampla variedade de espécies." Os pesquisadores coletaram e analisaram destroços que chegaram à costa oeste americana ou ao Havaí nos últimos cinco anos, sendo que a chegada de mais escombros ainda era registrada em Washington nesta quarta-feira. No ano passado, um pequeno barco japonês alcançou a costa do Oregon transportando vinte peixes nativos do oeste do Pacífico. Os animais, ainda vivos, foram conservados em um aquário do estado. Pouco antes, um barco de pesca japonês chegou intacto à costa americana com exemplares desses mesmos peixes nadando na parte interna. Anteriormente, os destroços desse tipo eram compostos na maior parte por madeira e se degradavam durante a viagem pelo oceano. Hoje em dia, a maior parte é de materiais de plástico – como boias, barcos e engradados – que conseguem percorre longas distâncias, levando "de carona" espécies diferentes. "Foram os escombros de plástico que permitiram que as novas espécies sobrevivessem em uma distância muito maior do que jamais pensávamos que podiam", disse Carlton.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Praias brasileiras têm encalhe recorde de 97 baleias só em 2017


Binóculo pendurado no pescoço, óculos de sol e muito protetor solar. Todos os anos, centenas de turistas visitam o litoral brasileiro para observar baleias-jubarte, que se reproduzem principalmente em Abrolhos, na costa da Bahia. Mas neste ano, além dos saltos e jatos d'água em alto mar, os turistas também puderam notar uma atividade bem mais passiva nas areias locais. Desde o início de 2017, 97 baleias encalharam no litoral brasileiro e apenas duas sobreviveram, segundo balanço do Projeto Baleia Jubarte. Esse é o maior número de casos desde o início dos registros, em 2002. Veterinários especialistas em baleias ouvidos pela BBC Brasil alertam que esse número deve subir ainda mais até o fim do ano. Isso porque o pico de encalhes ocorre em agosto e setembro.

Japão mata 177 baleias na costa do Pacífico para 'fins científicos'



Os japoneses mataram 177 baleias na costa nordeste do arquipélago no Pacífico, em uma missão que teria "fins científicos", segundo anunciou nesta terça-feira (26) a agência de pesca japonesa. Três navios especializados em caça às baleias iniciaram a missão em junho e capturaram 43 baleias Minke e 143 baleias-sei, de acordo com a agência. Segundo os japoneses, a caça às baleias seria "necessária" para calcular a quantidade de potenciais capturas a longo prazo, justificou a agência, que tem como objetivo "retomar algum dia a pesca comercial", segundo explicou o funcionário da agência Kohei Ito. O Japão é signatário da moratória da caça às baleias da Comissão Baleeira Internacional (CBI), mas afirma que recorre à medida com fins de pesquisa, no Pacífico e na Antártica. As organizações de defesa das baleias denunciam a alegação japonesa, assim como vários países, que consideram que Tóquio utiliza de maneira desonesta uma exceção da proibição da caça aos cetáceos, de 1986. Em 2014, o Tribunal Internacional de Justiça exigiu de Tóquio o fim da caça às baleias no Atlântico, por considerar que os japoneses não cumpriam os critérios científicos exigidos. O Japão cancelou a temporada de caça de inverno de 2014-2015, mas retomou a pesca no ano seguinte. O Oceano Antártico já foi cenário de confrontos entre baleeiros japoneses e defensores dos cetáceos. No mês passado, a organização ecologista Sea Shepherd anunciou a desistência de tentar impedir a ação dos baleeiros japoneses no Sul, reconhecendo seus próprios limites ante a potência marítima nipônica. A Noruega, que se opôs à moratória de 1986 e considera que esta não a afeta, e a Islândia, são os únicos dois países no mundo que praticam abertamente a caça comercial. O Japão tenta provar que a população de cetáceos é suficientemente grande para suportar a retomada da caça comercial. O consumo da baleia tem uma longa tradição no Japão, onde a caça é praticada há muitos séculos. A indústria baleeira teve seu auge depois da Segunda Guerra Mundial. Mas a demanda dos consumidores japoneses caiu consideravelmente nos últimos anos, o que provoca muitos questionamentos sobre o sentido das missões científicas.

Cientistas brasileiros usam canto e DNA para identificar nova perereca no Cerrado


Cientistas brasileiros anunciaram a descoberta de uma nova espécie de anfíbio no Cerrado, o que evidencia, segundo eles, o potencial ainda inexplorado (e ameaçado) desse bioma no Centro-Oeste do Brasil. A perereca Pithecopus araguaius foi primeiro avistada pelos pesquisadores - ligados às universidades Unicamp, em São Paulo, e Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais - em estudos de campo em 2010. Desde então, foi possível confirmar que se tratava de uma nova espécie graças a extensos estudos de DNA e análises morfológicas (da aparência do animal), além de dados acústicos dos sons emitidos pelo anfíbio, distintos dos emitidos até mesmo por pererecas da mesma família Pithecopus. "O canto serve para que a fêmea reconheça o macho da mesma espécie. Isso nos ajudou a diagnosticar que era (uma espécie) diferente das espécies irmãs", explica à BBC Brasil o taxonomista Felipe Andrade, um dos autores da pesquisa - recém-publicada no periódico científico Plos One - ao lado de Isabelle Aquemi Haga, Daniel Pacheco Bruschi, Shirlei Recco-Pimentel e Ariovaldo Giaretta. Além disso, os pesquisadores notaram que a araguaius tem a cabeça e o corpo de tamanho um pouco menor que suas irmãs do grupo Pithecopus e um padrão diferente (que os cientistas chamam de não reticulado) de manchas no corpo. Há, agora, 11 tipos de Pithecopus documentados, sendo o araguaius o mais novo deles. Algumas pererecas dessa família preferem altitudes mais elevadas, o que também as diferencia da araguaius, que habita terras baixas. "O reconhecimento da Pithecopus araguaius é importante para o conhecimento da riqueza de anfíbios e diversificação de padrões nessa região", diz trecho do artigo publicado no site da "Plos One." A araguaius foi descoberta na cidade de Pontal do Araguaia, no Mato Grosso, à beira do rio Araguaia - daí seu nome. Posteriormente, os cientistas documentaram a existência da nova espécie também na Chapada dos Guimarães e na cidade mato-grossense de Santa Terezinha. "A descoberta mostra que em 2017 ainda temos espécies a serem descritas no Cerrado, uma região com alto índice de biodiversidade e sob forte impacto da ação humana", afirma Andrade. Seu orientador, Ariovaldo Giaretta, acrescenta à BBC Brasil que o fato de essa região do Brasil estar sob pressão - sobretudo pela expansão do agronegócio - pode colocar em risco eventuais descobertas de outras espécies. "Por acaso achamos essa nova espécie. Quantas outras podem existir? E não temos ideia de o que está sendo perdido nas áreas (de Cerrado) que estão sumindo", diz Giaretta. "Se novos vertebrados ainda estão aparecendo (nas pesquisas), pode haver outras criaturas vivas - invertebrados, plantas. (...) É estarrecedor que (muitas áreas) estejam virando pasto para boi." No estudo, os pesquisadores citam o Cerrado como "um dos mais ameaçados hotspots da Terra, sobretudo pela perda de hábitats por conta do desenvolvimento urbano e agrícola". E a própria araguaius pode estar sob perigo de extinção, por ser uma perereca que habita áreas baixas e, portanto, de interesse do agronegócio. "Ainda precisamos de muitos esforços para conhecer nossa biodiversidade do Cerrado e mais ainda da Amazônia", opina Andrade.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Descobertos primeiros animais que não escutam a própria voz


Quando o sapinho-pingo-de-ouro, que vive na Mata Atlântica, canta para alguma fêmea, o som nunca atrai nenhuma pretendente. O problema não é a qualidade do som: cientistas descobriram que os machos de duas espécies do sapo, apesar de emitirem cantos, não são ouvidos nem pelo sexo oposto, nem por outros machos. Os sapos não param para ouvir os chamados, não se orientam na direção deles e não mudam seu comportamento apesar do canto estar sendo emitido. Tetra-se do primeiro caso registrado de espécie do reino animal que não escuta a própria voz, segundo os cientistas. Um estudo publicado na revista Scientific Reports, da Nature, nesta quinta-feira (21/09), comparou dois sapos do gênero Brachycephalus, o Brachycephalus ephippium e o Brachycephalus pitanga, que medem cerca de dois centímetros, a um sapo do mesmo tamanho, Ischnocnema parva, e chegaram à conclusão que as duas primeiras espécies não têm tímpanos. Elas possuem órgãos auditivos na orelha interna que detectam frequências sonoras graves e agudas, mas não a da própria voz. A descoberta surpreende, pois os sistemas de comunicação animal normalmente exigem a evolução conjunta de sistemas de emissão e recebimento de mensagens. Uma análise com eletrodos no cérebro dos sapinhos também mostrou que não há resposta neurológica ao canto da própria espécie. O estudo foi inciado pela ecóloga francesa Sandra Goutte, contou com colaborações no Reino Unido, na Dinamarca, do Instituto Butantan, em São Paulo, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como a seleção natural tenderia a atuar contra esse tipo de característica, já que o canto aparentemente não beneficia os animais, pode atrair predadores e ainda requer energia para ser produzido, os cientistas se depararam com a pergunta: por que esses sapos ainda cantam? Uma das hipóteses é que a comunicação é visual, e não auditiva. O movimento do saco vocal enquanto os sapos cantam pode ser atraente para as fêmeas. Além disso, como os sapos possuem uma forte toxina na pele e em órgãos internos, eles não têm tantos problemas com os predadores. Assim, pode ser que a perda da audição para o próprio canto seja um fenômeno evolutivo relativamente recente, como parte de um processo evolutivo em andamento.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Após seis meses de tentativas, voluntários conseguem resgatar foca com anel de plástico no pescoço



Uma foca foi resgatada na quinta-feira na praia de Horsey, na costa leste da Inglaterra, com ferimentos "terríveis" causados por um objeto de plástico semelhante a um disco de frisbee. O animal fora visto pela primeira vez com o anel em volta do pescoço quase seis meses antes. Como evitava ser capturado, contudo, ninguém conseguia se aproximar dele para resgatá-lo. Com o passar do tempo, à medida em que a foca crescia, o brinquedo passou a sufocá-la cada vez mais. Voluntários do Friends of Horsey Seals (Amigos das Focas de Horsey, em tradução livre) conseguiram alcançar "Senhora Frisbee", como foi apelidada, nesta quinta-feira e deixaram-na aos cuidados da Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade Contra os Animais (RSPCA, na sigla em inglês), que afirmou que sua recuperação pode levar meses. "Enquanto estava saudável, ela estava sempre rodeada por outras focas. Uma delas sempre acabava se assustando e todas fugiam ao mesmo tempo, o que tornava difícil capturá-la", conta Peter Ansell, presidente da Amigos das Focas de Horsey. Recentemente, entretanto, os voluntários notaram que o animal estava mais abatido e que parecia "aflito". As demais focas também haviam-no deixado sozinho. Após a captura, a foca foi levada para o hospital da RSPCA em East Winch, que, assim como Horsey, fica no condado de Norfolk. "Ela está bem melhor. Está viva e comendo peixes", disse o diretor do hospital Alison Charles. "Nós conseguimos retirar o objeto, mas o pescoço dela está terrível. Nunca vi nada parecido". A organização Amigos das Focas de Horsey afirmou ter recebido relatos de uma outra foca com um pneu de borracha em volta do corpo e de uma terceira vista com uma corda em volta do pescoço e da nadadeira. Eles alertam sobre os riscos do depósito de lixo nas praias e no mar.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A estranha criatura de dentes afiados encontrada em praia do Texas após passagem de furacão


Uma misteriosa criatura do mar apareceu numa praia do Texas, após a passagem do furacão Harvey no final de agosto. A carcaça do animal sem olhos e com dentes afiados foi encontrada por Preeti Desai, que trabalha para uma sociedade de conservação de pássaros nos EUA. Ela fotografou o animal e pediu ajuda no Twitter para identificá-lo. Ela postou várias fotos com a legenda: "Ok, que diabos é isso?". O pedido dela foi encaminhado ao biólogo e especialista em enguias Kenneth Tighe, que acredita que se trate de uma enguia do tipo Aplatophis chauliodus , da família Ophichthidae, pertencente à ordem dos anguilliformes - das enguias e moreias. O especialista, contudo, não foi categórico. Levantou a possibilidade de o animal ser um representante de outras duas espécies de enguia que também são comuns na costa do Texas e têm dentes grandes parecidos com presas. Os Aplatophis chauliodus, que já foram vistos na costa do Nordeste brasileiro e assunto de um estudo da Universidade Federal de Alagoas, geralmente vivem na costa Atlântica do sul da América do Norte, Caribe e norte da América do Sul, a uma profundidade de 30 a 90 metros. Eles passam a maior parte do tempo escondidas em buracos no fundo do mar. O furacão Harvey, que provocou fortes ventanias e enchentes no Texas, pode explicar por que o animal apareceu na praia no Golfo do México. Desai diz ter encontrado a carcaça enquanto averiguava os danos provocados pelo Harvey na praia. Ela cuida do setor de mídias sociais na Audubon Society, organização americana voltada para a conservação de pássaros. "Foi completamente inesperado, não é algo que você normalmente encontra na praia", disse ela à BBC. Ela conta que pensou que pudesse ser alguma criatura do mar profundo. No Twitter, disse que não era assustadora, nem colossal. "Não era um monstro". "Minha primeira reação foi curiosidade, queria descobrir o que era", disse. Desai disse que postou as imagens no Twitter porque muitos cientistas usam a rede social. Um amigo dela logo respondeu, colocando-a em contato com o biólogo. "Eu sigo muitos especialistas e pesquisadores. Há uma comunidade enorme desse pessoal que é muito útil, especialmente quando é preciso buscar respostas sobre o mundo e identificar animais e plantas". Desai afirma que deixou a criatura na praia para deixar a "natureza seguir seu curso".

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Jaú (Zungaro zungaro)







O jaú (Zungaro zungaro), também conhecido como jundiá-da-lagoa, é um peixe teleósteo que habita as bacias do rio Amazonas e do rio Paraná. É um dos maiores peixes brasileiros. O jaú é um peixe de grande porte, podendo alcançar até 1,5 metros de comprimento total e 120 quilogramas. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo-esverdeado-claro a pardo-esverdeado-escuro, com manchas, no dorso, mas o ventre é branco. O indivíduo jovem, chamado jaupoca, apresenta pintas violáceas espalhadas pelo dorso amarelado. É uma espécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia, não é importante comercialmente (a carne é considerada "reimosa"), mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia.

Piscina com tubarões é achada em porão de casa nos EUA




Sete tubarões vivos e três mortos foram encontrados em uma piscina no porão de uma casa na região do vale do rio Hudson, em Nova York O Departamento Estadual de Conservação Ambiental disse nesta quarta-feira (7) que agentes descobriram a piscina durante uma busca em LaGrangeville no mês passado. Na piscina, de 15 metros de diâmetro, havia 7 tubarões-corre-costa vivos, dois tubarões-leopardo mortos e um tubarão-martelo morto. Eles tinham entre 0,6 metro e 1,2 metro. Os tubarões vivos foram transferidos para o aquário de Long Island. Ninguém foi processado, e as investigações prosseguem.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Novo estudo culpa tempestades solares por encalhe em massa de baleias


Tempestades solares, responsáveis pelo fenômeno conhecido como aurora boreal, podem ter sido responsáveis pelo encalhe de 29 cachalotes (um tipo de baleia) em praias do Atlântico Norte no ano passado. É o que diz um estudo de cientistas da Universidade de Kiel, na Alemanha, para quem perturbações magnéticas podem ter interferido no senso de direção das baleias e desviado o grupo para águas rasas. Todas as cachalotes morreram. Na autópsia, cientistas ficaram intrigados com o fato de que, em sua maioria, o organismo dos animais não exibia sinais de desnutrição ou doenças. E que os cetáceos eram jovens. Por isso, muitas teorias sobre as possíveis causas do encalhe circularam pelo meio científico. Houve quem falasse em envenenamento ou mesmo em um acidente durante busca por alimento. Cachalotes vivem em águas profundas e de temperatura quente para moderada. Muitos grupos vivem perto do arquipélago português de Açores. Quando atingem idade de 10 a 15 anos, porém, jovens machos migram para o norte, em direção à região polar, atraídos pela grande quantidade de lulas em águas mais frias. A viagem normalmente passa pelas costas de países europeus. No entanto, em um espaço de apenas um mês, os animais apareceram em praias alemãs, holandesas, britânicas e francesas.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Jovem é autuada por crime ambiental após anunciar venda de jabuti na internet


Uma jovem foi autuada por crime ambiental após ser flagrada anunciando a venda de um filhote de jabuti nas redes sociais em Bauru (SP). Segundo informações da Polícia Ambiental, foi feito contato com a jovem fingindo interesse na compra do animal e quando o endereço foi passado, os policiais foram até o local. A proprietária, de 21 anos, não tinha autorização ambiental para manter o jabuti em cativeiro e ela foi multada em R$ 2,2 mil e pode responder por crime ambiental, já que o caso será encaminhado para a Polícia Civil. O filhote foi apreendido pela Polícia Ambiental, que estuda ainda o local para destinação do jabuti.

Estudos identificam ocorrência de 43 novas espécies de anfíbios e répteis no Amapá


Em 10 anos de pesquisas em campo, 43 novas espécies de anfíbios e répteis foram encontradas por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Ao todo, foram catalogadas 285 espécies em 39 pontos estudados no estado. As descobertas identificaram que o Amapá possui quase 50% da fauna desses animais que vivem na região amazônica. O Amapá é o quarto estado com maior diversidade de anfíbios e o terceiro em répteis da Amazônia, informou o Iepa. “Apesar desses pontos estarem espalhados pelo estado inteiro, há algumas áreas que ficaram sem amostragens. Mesmo assim um número muito grande da diversidade de anfíbios e répteis foi registrado no estado. Foram 285 espécies nesse período, tirando o Amapá dessa falta de conhecimento sobre essa herpetofauna”, disse o coordenador da pesquisa, Jucivaldo Lima. Das espécies catalogadas desde 2007, 170 foram encontradas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, na região Centro-Oeste do Amapá. No local foram achadas novas espécies, como a perereca Hypsiboas diabolicus, e o lagarto Bachia remota, descritas cientificamente em 2016. “Duas delas já foram publicadas no ano passado, uma espécie nova de perereca que ocorre na Floresta Estadual do Amapá e no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, e um lagarto que também é endêmico do Tumucumaque, que ocorre na região da tríplice fronteira de Brasil, Suriname e Guiana Francesa”, contou Lima. O Iepa pretende criar uma lista específica com os animais encontrados no estado, para elencar principalmente as espécies de anfíbios e répteis em extinção. “Algumas espécies de quelônios, por exemplo, têm uso histórico na Amazônia. As populações ribeirinhas utilizam, tem a comercialização ilegal, consumo de carnes e ovos e mesmo assim elas não aparecem nas listas ameaçadas de extinção por falta de informação”, concluiu o pesquisador.