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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Mudanças climáticas reduzem população de pinguins de barbicha em até 77% na Antártica


Com base em números contabilizados desde a década de 1970, cientistas que estudam as mudanças do clima apontam uma redução de até 77% no número de pinguins de barbicha em algumas colônias da Antártica. O pinguim de barbicha, assim chamado por causa da faixa negra estreita que tem debaixo da cabeça, habita as ilhas e costas do Pacífico Sul e os oceanos Antárticos. A espécie se alimenta de krill, animal invertebrado semelhante ao camarão. "A diminuição que vimos é dramática", disse Steve Forrest, um biólogo conservacionista que se juntou a uma equipe de cientistas das universidades norte-americanas de Stony Brook e Northeastern em uma expedição recém-concluída. Os cientistas, que viajaram em dois barcos do Greenpeace – o Esperanza e o Arctic Sunrise – realizaram a expedição entre 5 de janeiro e 8 de fevereiro e utilizaram técnicas de inspeção manual e drones para avaliar a magnitude do dano. O número de pinguins na Ilha Elefante se reduziu em cerca de 60% desde a última pesquisa, em 1971, chegando a menos de 53 mil casais reprodutores na atualidade, segundo a expedição. "Embora haja vários fatores que podem explicá-lo, todas as provas que temos apontam para a mudança climática como responsável pelo que estamos vendo", disse Heather Lynch, professora-associada de ecologia e evolução a Universidade Stony Brook. Na semana passada, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que uma base de investigação na Antártica registrou a temperatura mais alta já alcançada no continente em um contexto de preocupação crescente com o aquecimento global, que acelerou o descongelamento das calotas de gelo ao redor do polo sul. O Greenpeace está pedindo à Organização das Nações Unidas (ONU) que se comprometa a proteger 30% dos oceanos do mundo até 2030, um objetivo solicitado pelos cientistas e por um número crescente de governos como o mínimo necessário para deter o estrago causado pela atividade humana.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Gelo da Antártica está derretendo seis vezes mais rápido do que há 40 anos, diz estudo


O aquecimento global está provocando um degelo mais acelerado da Antártica – uma velocidade seis vezes superior à registrada há 40 anos. Isso deve provocar uma maior elevação do nível do mar em todo o mundo, segundo anúncio feito por pesquisadores nesta segunda-feira (14). O artigo foi publicado na revista americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS) e aponta que o derretimento do gelo antártico elevou o nível do mar em 1,4 centímetro entre 1979 e 2017. Eric Rignot, principal autor do trabalho, espera que o ritmo do degelo leve a um aumento maior do nível do mar do que o previsto para os próximos anos. O trabalho atual mostra a avaliação mais longa da história sobre as massas de gelo da Antártica – foram analisadas 18 regiões geográficas do continente. As informações foram obtidas por meio de fotos aéreas de alta resolução capturadas por aviões da Nasa e por satélites de diversas agências espaciais. Estudos anteriores preveem um crescimento de 1,8 metro no nível do mar até 2100. Várias cidades costeiras poderão ser inundadas, lugares onde vivem milhões de pessoas. Os cientistas concluíram que entre 1979 e 1990 a Antártica perdeu, em média, 40 bilhões de toneladas de gelo por ano. Entre 2009 e 2017, essa perda subiu para 252 bilhões de toneladas por ano. Segundo os pesquisadores, até certas zonas consideradas "estáveis e imunes à mudança climática" na Antártica Oriental sofrem com o degelo. "O setor da Terra de Wilkes, na Antártica Oriental, sempre foi um participante importante na perda de gelo, inclusive nos anos 80. Essa região é provavelmente ainda mais sensível à mudança climática do que se acreditava. É importante saber porque ela tem mais gelo que a Antártica Ocidental e a Península Antártica juntas".

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

'Excesso' de gelo causa morte de milhares de pinguins na Antártica


A temporada de reprodução de pinguins na Antártica deixou apenas dois sobreviventes - entre milhares de filhotes. As aves típicas da região, chamadas pinguim-de-adélia, tiveram mais dificuldades para encontrar alimento, segundo especialistas, e acabaram morrendo. A ONG World Wildlife Fund de conservação ambiental justificou as mortes pelas "camadas muito extensas de gelo" nas águas da região, que fizeram com que os pinguins adultos precisassem "viajar mais longe" para conseguir comida. Os grupos de preservação ambiental fizeram um alerta nesta sexta-feira após divulgarem a morte dos filhotes para que medidas urgentes sejam tomadas em uma nova área de proteção marinha no Leste da Antártica - de forma a proteger a colônia que tem cerca de 36 mil pinguins adultos. A Worl Wildlife Fund (WWF) explica que uma simples proibição da pesca de camarões e outros crustáceos na área eliminaria a concorrência e ajudaria a garantir a sobrevivência das espécies antárticas, incluindo os pinguins. A ONG tem apoiado pesquisas na região juntamente com cientistas franceses que monitoram os números de pinguins por ali desde 2010. A ideia sobre uma nova área de proteção será discutida em um encontro na próxima segunda-feira com a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos da Antártica Marinha (CCAMLR na sigla em inglês). Essa comissão é formada por 25 membros e tem a participação da União Europeia. "Esse acontecimento horrível contrasta com a imagem alegre que as pessoas têm dos pinguins", afirmou Rod Downie, chefe de programas polares na WWF. "O risco de abrir essa área para pescas exploratórias de camarões - algo que representaria uma competição por alimentos com os pinguins da região - seria impensável, principalmente depois de duas temporadas catastróficas de reprodução nos últimos quatro anos", afirmou. A última temporada de reprodução que terminou de maneira trágica com a morte de todos os filhotes foi em 2015. "A CCAMLR precisa agir agora adotando uma nova área de proteção marinha para as águas do Leste da Antártica para proteger a casa desses pinguins", finalizou.

sábado, 30 de setembro de 2017

Novo iceberg se desprende de geleira na Antártica, diz Nasa


Um novo iceberg se desprendeu da região da geleira de Pine Island, oeste da Antártica. A fotografia acima foi divulgada pela agência espacial americana (Nasa) nesta quarta-feira (27). A imagem de cor original foi capturada no último dia 21 de setembro pelo satélite Landsat 8 da Nasa. Ela mostra o início da fenda no centro da plataforma de gelo. De acordo com a agência, essa ruptura produziu o iceberg B-44, visível em outras imagens capturadas em 23 de setembro pelo satélite Sentinel-1, da Agência Espacial Europeia (ESA), com descoberta do analista Matthew Welshans, do Centro Nacional do Gelo nos Estados Unidos (USNIC). O novo pedaço de gelo flutua na baía de Pine Island, no mar de Amundsen, e tem 185 km² -- cerca de duas vezes a área da capital do Espírito Santo, Vitória. Ele é maior do que o iceberg descoberto em janeiro deste ano na mesma região, mas menor do que o descoberto em julho de 2015 (225 km²).

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Iceberg gigante se desprende de plataforma de gelo na Antártica


Um iceberg de um trilhão de toneladas, um dos maiores já registrados, se desprendeu de uma plataforma de gelo gigantesca na Antártica, anunciaram nesta quarta-feira (12) os cientistas da Universidade de Swansea, no Reino Unido. Em um comunicado, os especialistas em estudos antárticos da universidade indicaram que o desprendimento ocorreu entre 10 e 12 de julho, quando o iceberg -- de 5.800 quilômetros quadradados -- se separou da plataforma Larsen C do continente branco. "Ele pode permanecer inteiro, mas é mais provável que se quebre em fragmentos. Parte do gelo pode permanecer na área por décadas, enquanto outras partes podem seguir para o norte, para águas mais quentes", disse Adrian Luckman, professor da Universidade de Swansea e principal pesquisador do projeto MIDAS, que vem monitorando a plataforma de gelo há vários anos. Os blocos de gelo que partirem rumo ao oceano podem derreter, o que contribuiria para elevar o nível do mar. A presença do gelo solto no oceano também aumenta risco para navios. Apesar de a região estar longe de grandes rotas comerciais, ela faz parte do roteiro de cruzeiros que visitam a região a partir da América do Sul.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Câmera grudada no dorso revela olhar de 'baleia cinegrafista' na Antártida


Você provavelmente nunca viu a Antártida desta forma: pelos olhos de uma baleia. Câmeras foram presas ao dorso de animais das espécies minke e jubarte como parte de um novo estudo da ONG World Wildlife Fund (WWF) em parceria com a Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos. Por meio de ventosas, os equipamentos ficaram grudados de 24 a 48 horas e registraram como elas se alimentam, socializam e se comportam em meio às mudanças climáticas. Segundo o Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve, instituto de pesquisa ligado à Universidade do Colorado, em março deste ano, foi registrada a menor extensão de área congelada da Antártida ao longo dos 38 anos em que esses dados são coletados. A pesquisa com as baleias ajudará a reunir dados sobre os animais e seu habitat e contribuirá para esforços de preservação, em meio aos impactos dessas alterações ambientais.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Gelo marinho ao redor da Antártica alcança baixa recorde.


O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira (14). O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono. Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve. Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979. Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde. “Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters. “Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Conferência estuda criação de novos santuários marinhos na Antártica


A criação de dois santuários marinhos na Antártica voltou à ordem do dia em uma reunião internacional na cidade australiana de Hobart, onde todos os olhares estarão voltadas para a Rússia - principal freio a este projeto. A Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA), criada 1982 por uma convenção internacional, não consegue desde 2011 levar adiante estas duas gigantescas Áreas Marinhas Protegidas (AMP). O primeiro projeto, dirigido por Austrália, França e União Europeia (UE), cobre vastas áreas marinhas da Antártica oriental. O segundo, apresentado pelos Estados Unidos e pela Nova Zelândia, afeta o mar de Ross, uma imensa baía do lado do Pacífico, sob jurisdição neozelandesa. Este mar é conhecido como "o último oceano" por ser considerado o último ecossistema marinho intacto do planeta, sem contaminação, nem sobrepesca, nem espécies invasoras. Dentro da CCRVMA, que reúne 24 países e a União Europeia, as organizações de defesa do meio ambiente apoiam quase totalmente estas duas áreas protegidas. Mas a Rússia põe um freio aos projetos. Também é o caso da China, mas em menor medida posto que aceitou a ideia de transformar em santuário o mar de Ross, na última reunião da CCRVMA, em 2015. "Chegou a hora de proteger as águas da Antártica, motor de circulação oceânica", declarou Mike Walker, encarregado da Antarctic Ocean Alliance, que exortou os líderes de todo o mundo a seguirem o caminho dos Estados Unidos.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Pinguins famintos saem à caça do escasso krill antártico


Assim como as focas e baleias, também comem krill, um crustáceo de 3 cm parecido com um camarão que está na base da cadeia alimentar do oceano austral. Mas os observadores dos pinguins asseguram que o krill é cada vez mais escasso na península antártica, ameaçado pelas mudanças climáticas e a pesca excessiva. "O krill é a planta de energia da Antártica. É uma espécie chave para todos", diz Ron Naveen, líder do grupo de pesquisa antártica Oceanites, enquanto um grupo de pinguins grasnam nas rochas atrás dele. A península antártica ocidental aqueceu três graus Celsius no último meio século, segundo grupos ambientalistas como o World Wildlife Fund (WWF). "Podemos ver os efeitos, como o movimento das geleiras. Podemos ver mudanças nos padrões do gelo. Há algumas mudanças que pensamos ser consequências da mudança climática, que têm a ver com uma mudança nas populações de pinguins", diz Steven Chown, biólogo da Universidade Monash da Austrália. "O aumento das temperaturas, o aumento da acidez dos oceanos e, em certa medida, ainda que não esteja muito claro, também a indústria da pesca que procura pelo krill, exercem pressão sobre as populações de predadores que se alimentam basicamente de krill."

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Biodiversidade antártica é mais rica do que se pensava, afirma estudo


A diversidade de plantas e animais na Antártica é mais rica do que se pensava, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (24) na Austrália, que registrou mais de 8.000 espécies na região marinha do continente branco. "Isto é consideravelmente mais do que ninguém jamais imaginou", disse o líder deste trabalho científico liderado pela Universidade de Melbourne, Steven Chown, em declarações à emissora local "ABC". "Mas a verdadeira e impressionante diversidade está no mundo dos micróbios. Por exemplo, os sistemas de água doce da Antártica possuem na realidade a maior diversidade (de vírus que existem em liberdade) que em qualquer outro lugar estudado", acrescentou o cientista. A pesquisa, divulgada na revista "Nature", assinalou que, apesar de existir uma grande diversidade em todo o continente e no oceano Antártico, é necessário adotar mais ações para proteger e conservar estas espécies. O estudo detalhou que as áreas de proteção especial nos parques nacionais terrestres e nas áreas marinhas existentes, especialmente no Mar de Ross, são reduzidas demais em comparação aos objetivos do Plano Estratégico do Convenção sobre Diversidade Biológica 2011-20. "É surpreendente que a proporção de áreas protegidas sejam tão reduzidas na Antártica", opinou Chown, que trabalhou com especialistas da pesquisa Antártica Britânica, da neozelandesa Universidade de Waikato e da Universidade Nacional Australiana. As áreas terrestres que não estão cobertas de gelo e que estão protegidas representam 1,5% do total, longe do objetivo global fixado na convenção sobre Diversidade Biológica que assinala que para 2020 é necessário conservar 17% das áreas terrestres. "Isto dá uma ideia do quão afastada está a Antártida desse objetivo", lamentou Chown.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Japão retoma pesquisa sobre baleias na Antártica mas sem capturá-las


Navios japoneses realizarão a partir desta quinta-feira (8) pesquisas sobre as baleias na Antártica, mas sem caçá-las, anunciou nesta terça-feira (6) a agência de pesca do Japão. Estes estudos de observação e de extração de amostras de pele, a princípio não letais, a cargo do Instituto de Pesquisa sobre os cetáceos, serão realizados até 28 de março. Os barcos zarparão do porto de Shimonoseki (sudoeste), disse a agência em um breve comunicado. "Os arpões foram retirados dos navios na medida em que as investigações não envolvem a captura de baleias", acrescentou. O Japão renunciou à caça de baleias na Antártica durante a temporada 2014-2015 após uma sentença do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). Diante de uma demanda da Austrália, o TIJ considerou que o Japão utilizava com fins comerciais uma atividade de pesquisa. As organizações ambientalistas temem, no entanto, que o Japão ignore a decisão do TIJ e retome a caça de baleias na temporada 2015-2016. O Japão apresentou à Comissão Baleeira Internacional (CBI) e a sua comissão científica um objetivo anual de captura de 333 baleias minke, em vez das 900 incluídos no programa censurado pelo TIJ. Segundo as autoridades japonesas, este nível de captura é necessário para poder definir a idade da população baleeira e, consequentemente, o nível de pesca que não coloque a espécie em risco. O Japão capturou 251 baleias minke na Antártica na temporada 2013-2014 e 103 no ano anterior. Ao mesmo tempo, o Japão continua caçando baleias em nome da ciência no Pacífico noroeste, onde em 2013 capturou 132 cetáceos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Países não entram em acordo para criar santuário marinho na Antártica


As negociações internacionais sobre a criação de santuários marinhos na Antártica terminaram nesta sexta-feira (1º) sem um acordo, após China e Rússia colocarem obstáculos à proteção dos ecossistemas, ameaçados pela pesca e pela navegação. Reunidos nesta semana em Hobart, na ilha australiana da Tasmânia, os membros da Convenção sobre Conservação da Fauna e Flora Marinhas da Antártica se separaram sem acordo pela terceira vez desde 2012. A convenção, criada em 1982 para cuidar dos recursos marinhos do continente austral, reúne 24 Estados, entre eles Argentina, Brasil, Chile, Espanha e Uruguai, além da União Europeia. As águas do oceano austral em torno da Antártica contêm ecossistemas excepcionais preservados, em boa parte, das atividades humanas, mas ameaçadas pelo desenvolvimento da pesca e da navegação. Dois projetos de santuário estavam sobre a mesa com o objetivo de criar uma ampla reserva marinha com uma extensão equivalente à Índia, potencialmente a maior do mundo, povoada por cetáceos, mamíferos marinhos e pinguins, com mais de 16.000 espécies no total.