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sexta-feira, 23 de março de 2018

Corais em praias de Búzios são monitorados em etapa final de projeto do Instituto Brasileiro de Biodiversidade




Os corais de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, estão sendo alvos de monitoramento de equipes do Instituto Brasileiro de Biodiversidade (BrBio). As ações ocorrem nesta quarta-feira (20) e na quinta (21) em cinco pontos da cidade: o lado esquerdo e o direito da praia da Tartaruga, Ilha do Caboclo, Praia dos Ossos e Praia Azeda. A atividade faz parte da etapa final de monitoramento do Projeto Ecorais, que tem como objetivo avaliar a saúde das populações de corais da região e analisar se o estado de saúde desses animais está associado às alterações nas condições ambientais. “Essa saída de campo possui diferentes objetivos. Um deles é finalizar o acompanhamento trimestral das populações de Mussismilia hispida, popularmente conhecido como coral cérebro, e do Siderastrea stellata, o coral estrelinha, que vem sendo feito desde dezembro de 2016 em cinco pontos de Búzios. O segundo objetivo é a avaliação de características ambientais, como temperatura, quantidade de sedimento na água e luz, para descobrir se eventuais alterações nos estados dos corais estão associadas a mudanças nas condições ambientais”, explica Dr. Lelis Antônio Carlos Júnior, pesquisador de pós-doutorado do Projeto Ecorais. A coordenadora do Projeto, Simone Siag Oigman Pszczol, disse que a equipe pretende filmar as atividades de pesquisa e integrar os diferentes atores envolvidos no projeto, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Chevron e Secretaria Municipal de Educação, Esportes, Ciências e Tecnologia de Búzios. De acordo com os pesquisadores, pequenos pedaços de tecido dos corais serão coletados para a realização de análises moleculares, a fim de descobrir padrões e dinâmicas dos organismos que vivem em interação com os corais, chamados de zooxantelas. Ainda segundo os pesquisadores, esta pesquisa é feita em colaboração de pesquisadores do Laboratório de Biodiversidade de Cnidaria da UFRJ. O Projeto Ecorais surgiu em 2000 a partir de uma pesquisa científica sobre a saúde dos corais da Armação dos Búzios. O trabalho foi motivado pela preocupação dos pescadores e órgãos municipais com os danos causados pela atividade humana nos ambientes marinhos costeiros da região. A iniciativa tem o apoio do Projeto de Apoio à Pesquisa Marinha e Pesqueira do Estado do Rio de Janeiro, sob responsabilidade do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – Funbio. O projeto tem ainda parcerias com UERJ, UFRJ e UFF e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Pesca da Armação dos Búzios.

terça-feira, 4 de abril de 2017

O peixinho que droga predadores com 'mordida de heroína'


Cientistas britânicos e australianos resolveram um mistério do mundo marinho: os efeitos da mordida indolor de um peixinho venenoso ornamental. Eles constataram que o fang blenny, natural de corais do Oceano Índico, se defende de predadores ministrando opioides - um composto similar à morfina e à heroína, que causa uma queda súbita na pressão sanguínea e, aparentemente, distrai o predador por tempo suficiente para que a presa escape. A pesquisa, que reuniu especialistas da Liverpool School of Tropical Medicine, no Reino Unido, e da Universidade de Queensland, na Austrália, foi publicada na revista especializada Cuttent Biology e é um exemplo dos segredos escondidos em nossos oceanos. Bryan Fry da Universidade de Queensland, explica que peixes com algum tipo de mordida venenosa normalmente produzem dores imediatas. "Uma das maiores dores que sofri na minha vida foi quando fui picado por uma arraia. Foi algo infernal", contou ele. Por isso, o fang benny aguçou a curiosidade dos cientistas: eles queriam entender por que sua mordida era indolor. "Mordidas ou picadas dolorosas são um mecanismo de defesa útil - os predadores aprendem a evitá-las", explica Nicholas Casewell, cientista da Liverpool School of Tropical Medicine. Casewell conta que os estudos sobre o fang blenny feitos nos anos 70 observaram o comportamento de peixes maiores. "Eles colocavam os blennies na boca, mas rapidamente começavam a tremer e a abriam novamente. O fang blenny simplesmente nadava para fora." Ao analisar a composição do veneno dos peixinhos, os cientistas descobriram o opiáceo, composto conhecido como potente analgésico e usado tanto como remédio quanto droga recreativa, como no caso da heroína. Mas esse tipo de composto causa também queda na pressão sanguínea, levando a tonturas e estado de fraqueza. "Isso parece causar nos predadores uma perda de coordenação, permitindo que o blenny fuja", completa Casewell.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Corais da Grande Barreira da Austrália voltam a apresentar branqueamento



Os arrecifes da Grande Barreira de Corais australiana voltaram a branquear pelo segundo ano consecutivo, indicaram nesta sexta-feira (10) responsáveis científicos. O ecossistema que se estende sobre 2.300 km - o maior do mundo - sofreu no ano passado o episódio mais grave de branqueamento já visto, devido à mudança das temperaturas do oceano em março e abril. Novamente os arrecifes de corais sofreram uma descoloração, observou o parque marinho da Grande Barreira de Corais. "Infelizmente, as temperaturas foram elevadas neste verão na Grande Barreira de Corais, e estamos aqui para confirmar um novo caso de branqueamento maciço pelo segundo ano consecutivo", declarou o diretor do parque, David Wachenfeld, em um vídeo publicado no Facebook. O branqueamento dos corais é um fenômeno de enfraquecimento que se traduz em uma descoloração, provocada pelo aumento da temperatura da água. Isso leva à expulsão das algas simbióticas que dão aos corais sua cor e seus nutrientes. A Grande Barreira, inscrita no Patrimônio da Humanidade desde 1981, está ameaçada pelas mudanças climáticas, por inundações agrícolas, desenvolvimento econômico e proliferação de estrelas do mar que destroem os corais.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Expedição em corais na costa do Amapá revela novas espécies de peixes




A expedição inédita do Greenpeace que ao longo de 20 dias percorreu a costa do Amapá, revelou as primeiras descobertas sobre os recifes de corais recém-descobertos na foz do rio Amazonas. Os pesquisadores apontaram três possíveis novas espécies de peixes, além de um paredão de granito com 70 metros de altura e 10 quilômetros até então inesperado pela equipe. As novas espécies seriam duas de peixe-borboleta e uma de budião-sabão. O ecossistema dos recifes, que tem pelo menos 9.500 quilômetros quadrados, foram identificados em maio de 2016. A expedição a bordo do navio Esperanza se concentrou em uma área 100 quilômetros da costa de Oiapoque. Os primeiros corais foram observados a 180 metros de profundidade. “O próximo passo é continuar o estudo, tentar encontrar esses peixes e estudá-los de acordo com o seu DNA. Só assim teremos certeza de que são uma espécie até então não catalogada pela ciência”, detalhou o professor Ronaldo Francini Filho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que foi o primeiro pesquisador a chegar nos recifes através de um mini-submarino. Descoberto somente nos últimos dias da expedição, que encerrou na quinta-feira (16), o paredão, aparentemente de granito, com 10 quilômetros de comprimento é totalmente diferente das características comuns do ecossistema submarino até então identificado na região. A estrutura também estava tomada por corais. “Se comprovarmos que é realmente granito, vai ser algo bem importante. Não existe nenhum relato desse tipo de rocha numa área de 50 mil quilômetros quadrados aqui na plataforma em que estamos”, explicou Nils Asp, docente da Universidade Federal do Pará (UFPA). A proposta da expedição é chamar a atenção de petrolíferas que ganharam o leilão para explorar a costa do estado, o que, segundo os ativistas, poderia acabar com a vida dos corais. "Mostramos por que não podemos deixar que empresas explorem petróleo na região da foz do rio Amazonas. Ainda mais se pouco conhecemos esse ecossistema", disse Thiago Almeida, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Para o Greenpeace, os recifes estão ameaçados pelo fato de estarem localizados dentro dos lotes a serem explorados pelas duas petrolíferas que ganharam a licitação feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), em 2013. O arremate total foi de R$ 802 milhões.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

As primeiras imagens das recém-descobertas formações de corais na foz do Amazonas



As primeiras imagens de um grande recife de corais descoberto na região amazônica no ano passado forram divulgadas por ativistas de preservação ambiental. O Recife de Corais da Amazônia é um sistema de 9,5 mil quilômetros quadrados formado por corais, esponjas e algas calcárias, segundo a ONG Greenpeace. A barreira de corais tem quase 1 mil km de extensão e fica na região onde o rio Amazonas encontra o oceano Atlântico. Mas os ativistas alertam que algumas empresas podem começar a prospectar petróleo na região se obtiverem permissão do governo brasileiro. "Esse sistema de recifes é importante por muitas razões, incluindo o fato de que ele tem características únicas em relação à disponibilidade de luz e condições físicas e químicas da água", segundo afirmou em um comunicado o pesquisador Nils Asp, da Universidade Federal do Pará. "Ele tem um grande potencial para novas espécies e também é importante para o bem-estar econômico de comunidades de pescadores ao longo da zona costeira amazônica." Os cientistas ficaram surpresos com a descoberta, ocorrida em abril de 2016. Isso porque eles pensavam ser improvável a descoberta de recifes na área devido a condições desfavoráveis, segundo um estudo publicado no jornal científico Science Advances. O sistema de recifes fica em profundidades que variam entre 25 e 120 metros de profundidade. Asp afirma que sua equipe quer mapear o sistema gradualmente. Até agora, somente 5% dele foi mapeado. "Nossa equipe quer ter um melhor entendimento de como esse ecossistema funciona, incluindo questões importantes como seus mecanismos de fotossíntese com condições limitadas de luz." Para o Greenpeace, a atividade de prospecção na área significa "um risco constante de derramamento de petróleo". Segundo o ativista Thiago Almeida, o processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo já está ocorrendo. "O Parque Nacional do Cabo Orange, o ponto mais ao norte do Estado do Amapá, abriga o maior ecossistema contínuo de mangues do mundo, e não há tecnologia capaz de limpar petróleo de um lugar com essas características", afirmou. "Além disso, os riscos nessa área se elevam por causa de fortes correntes e sedimentos que são carregados pelo rio Amazonas." A organização afirma ainda que um eventual acidente com petróleo na região poderia em tese colocar em risco não só os corais, mas também espécies como o peixe-boi-marinho, o tracajá e a ariranha, ameaçadas de extinção segundo a lista da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) de 2014. O Greenpeace enviou seu navio Esperanza à região para retratar os corais e fazer campanha pela não prospecção de petróleo no local. O grupo afirmou que até agora 95 poços foram cavados na região. Deles, 27 foram abandonados devido a problemas mecânicos e o restante não foi adiante por não serem técnica ou economicamente viáveis.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Produto químico em protetor solar pode ser ameaça para os corais


O protetor solar contém um produto químico que os cientistas acreditam que possa causar grandes danos aos recifes de coral em todo o mundo e ameaçar sua própria existência, alertaram pesquisadores. A oxibenzona - também conhecida como BP-3 ou benzofenona-3 - está presente em mais de 3.500 produtos de proteção solar em todo o mundo, revelou o estudo, publicado na última edição do periódico "Archives of Environmental Contamination and Toxicology". O produto químico chega à água pela pele dos banhistas e através de águas residuais de sistemas sépticos costeiros. No começo deste mês, cientistas internacionais anunciaram que um evento maciço de branqueamento de corais já está em curso e que o mesmo tem se intensificado em algumas regiões do mundo devido às águas aquecidas pelo fenômeno El Niño. Os recifes de coral têm sofrido um declínio há décadas e enfrentam como ameaças a poluição, as mudanças climáticas, tempestades e doenças.

sábado, 14 de março de 2015

Temperatura mais quente no Pacífico altera cor dos corais, dizem cientistas


Os recifes de corais do Pacífico Norte sofrem atualmente um processo de embranquecimento por causa de um fenômeno meteorológico similar ao El Niño, que aumenta a temperatura dos oceanos. A situação mais dramática acontece nas Ilhas Marshall, onde o embranquecimento observado desde setembro é o pior já registrado, de acordo com Karl Fellenius, oceanógrafo da Universidade do Havaí, com base em Majuro, capital dessas islas. Segundo C. Mark Eakin, da Vigilância de Recifes da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica americana (NOAA), o Pacífico Norte em seu conjunto se vê afetado por este fenômeno. Os novos recordes de estresse térmico na parte setentrional do Pacífico é um fenômeno natural que ocorre nos lugares em que a água circula pouco, em períodos de marés de pouca amplitude e fortes calores, e à pouca profundidade. Mas a magnitude do fenômeno estudado só pode ser explicado "pelas emissões de gases de efeito estufa, que fazem aumentar a temperatura nos oceanos", afirma Fellenius. A temperatura das águas mais superficiais é entre meio e um grau superior ao normal há vários meses, uma diferença suficiente para afetar os frágeis, acrescenta o científico. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) previu na recente cúpula de Lima que as temperaturas constatadas entre janeiro e outubro ao redor do globo, poderão fazer de 2014 o ano mais quente desde 1880, quando os registros históricos tiveram início.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Aquecimento global danifica corais vitais para pequenos países-ilha, diz ONU

 
O aquecimento global está causando trilhões de dólares em danos aos recifes de coral, agravando os riscos para os pequenos países insulares tropicais ameaçados pela elevação do nível do mar, afirma um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira. O aumento do nível do mar para algumas ilhas do Pacífico Ocidental foi de quatro vezes a média mundial, com elevação de 1,2 centímetro por ano de 1993 a 2012 devido a mudanças nos ventos e correntes, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O estudo, divulgado para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente das Nações Unidas, em 5 de junho, assinala que o aquecimento das águas do Oceano Índico para o Caribe estava danificando recifes, matando os animais minúsculos que formam os corais. "Estas 52 nações, lar de mais de 62 milhões de pessoas, emitem menos de 1% dos gases de efeito estufa globais, mas elas sofrem desproporcionalmente com as mudanças climáticas que as emissões globais causam", disse Achim Steiner, o diretor-executivo do Pnuma. "Algumas ilhas podem se tornar inabitáveis e outras enfrentam a perda potencial da totalidade de seus territórios", disse o estudo. A perda dos corais está trazendo um prejuízo de trilhões de dólares por ano dos serviços proporcionados pela natureza, geralmente considerados gratuitos. Os corais são berçários para muitos tipos de peixes, eles ajudam a proteger as costas de tempestades e tsunamis e também atraem turistas. Um estudo no mês passado estimou que cada hectare dos recifes de coral do mundo presta serviços no valor de US$ 350 mil por ano. Uma perda de 34 milhões de hectares de corais desde o final da década de 1990 representa US$ 11,9 trilhões por ano. "Os corais... provavelmente são os ecossistemas mais ameaçados do planeta", disse Robert Costanza, da Universidade Nacional Australiana e principal autor do estudo. O painel de cientistas do clima da ONU disse em março que havia sinais de alerta de que os corais de águas quentes já estavam experimentando mudanças "irreversíveis". "Enfrentar a mudança climática... é absolutamente vital para a sobrevivência dos pequenos países insulares ", disse Christiana Figueres, chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU, em entrevista coletiva. O relatório também aponta que as pequenas ilhas poderiam aproveitar a abundante energia solar ou eólica para ajudar a reduzir a conta de importação de combustível, muitas vezes entre 5% e 20% do produto interno bruto. "Estamos fazendo o que podemos", disse o ministro do Meio Ambiente das Ilhas Marshall, Tony de Brum, apontando para planos de investimento em energia solar. As Ilhas Marshall possuem o maior santuário de tubarões do mundo.

domingo, 14 de julho de 2013

Austrália reconhece oficialmente declínio da Grande Barreira de Corais


A Austrália reconheceu oficialmente nesta quarta-feira (10) a degradação da Grande Barreira de Corais, que tem estado classificado atualmente como "medíocre" e que a Unesco ameaça incluir na lista de áreas em perigo. O ministro do Meio Ambiente, Mark Butler, divulgou um relatório que reconhece a alteração regular do recife de corais desde 2009 em consequência dos ciclones e inundações, apesar da redução da poluição agrícola. "Os episódios climáticos extremos têm impacto significativo sobre o estado geral do meio ambiente marinho, que declinou de mediano a medíocre", afirma o documento. Os ecossistemas de recife apresentam "uma tendência à degradação de seu estado pela qualidade da água, que continua sendo ruim, e ao aumento, em frequência e intensidade, dos acontecimentos (meteorológicos) extremos", completa. Os resíduos de nitratos (-7%), de pesticidas (-15%), de sedimentos (-6%) e de outros fatores que contaminam a área registraram queda, o que também reduziu a presença de uma estrela-do-mar que devora o coral. A Grande Barreira de Corais, que está lista de patrimônio mundial da Unesco desde 1981, perdeu mais da metade dos corais nos últimos 27 anos. A barreira tem 345.000 km2 ao longo da costa australiana.