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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Milhares de exemplares de peixe-leão foram eliminados das águas da Flórida


Um total de 14.067 exemplares de peixe-leão, uma espécie não nativa que se transformou em uma grave ameaça para o ecossistema da Flórida (EUA), foram eliminados neste ano do litoral americano, informaram nesta quarta-feira as autoridades. Só entre os dias 14 e 15 deste mês, data destinada à conscientização sobre a importância de erradicar a população do peixe-leão, 8.089 exemplares foram eliminados do litoral de Pensacola, no noroeste do estado. Estas conquistas são resultado do plano iniciado pela Comissão para a Conservação da Fauna e a Pesca (FWC, por sua sigla em inglês) da Flórida, que inclui um programa de prêmios em nível estadual com o qual procura incentivar a colaboração cidadã nesta urgente tarefa. "Estes números são um grande exemplo dos esforços da agência por instruir à população e conseguir seu envolvimento na erradicação desta espécie invasora", destacou em comunicado Jessica McCawley, direção da FWC. O FWC explicou que esta espécie de "picada venenosa, tem um impacto muito negativo na vida e no habitat das espécies nativas", por isso que é fundamental "reduzir os impactos deste peixe na zona de recifes" do litoral da Flórida. O peixe-leão ("Pterois antennata") alcança um máximo de 20 centímetros de comprimento e tem como habitat natural os recifes, onde se refugia durante o dia e caça camarões e caranguejos durante a noite. Charles Meyling, um submarinista que participou neste ano do torneio de captura de peixes desta espécie, bateu o recorde do exemplar de maior tamanho capturado em águas da Flórida, um peixe-leão de cerca de 44,5 centímetros. Espécie originária do Pacífico, sua presença foi detectada pela primeira vez em meados do anos 80. Em anos recentes, o número de exemplares de peixe-leão aumentou de forma alarmante e sua população se estendeu por águas do Caribe, do Golfo do México e do litoral atlântico.

domingo, 11 de outubro de 2015

Especialistas ambientais fazem alerta sobre presença do peixe-leão em AL


Preocupados com o registro do peixe-leão em águas brasileiras, biólogos estão promovendo em Alagoas e Pernambuco uma campanha para saber se exemplares da espécie considerada invasora e peçonhenta já estão presentes no mar do Nordeste. Até o momento, só há relatos desta espécie no mar do estado do Rio de Janeiro. O alerta realizado pelo Projeto Conservação Recifal, através de campanhas em comunidades pesqueiras, clubes de pesca e operadoras de mergulho e turismo, pretende monitorar a presença do peixe-leão e atuar para evitar que a espécie provoque um desequilíbrio ambiental na região, já que o animal, que é resistente às condições de temperatura e salinidade, não possui muitos predadores no oceano atlântico. “O peixe-leão é uma espécie nativa dos oceanos Pacífico e Índico, comum em aquários devido ao formato exótico. Ele possui raros predadores no oceano Atlântico e uma maturidade sexual precoce, o que permite desovar muitas vezes ao ano. Desta forma, ele consegue se espalhar com extrema velocidade”, explica o biólogo e profesor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cláudio Sampaio. Segundo o biólogo, o peixe-leão foi introduzido de forma acidental no oceano Atlântico e passou a predar muitas espécies de peixes, crustáceos e moluscos de valor econômico para a pesca e o turismo provocando desequilíbrio ecológico. “Um dos grandes problemas é que devido à rusticidade, o peixe-leão pode habitar desde rasos manguezais, com águas turvas e de baixa salinidade, a recifes de corais profundos. E além de ser um predador por excelência e resistente a variações de salinidade e temperatura, ele é um peixe peçonhento que possui espinhos que podem injetar um veneno doloroso em quem se aproxima”, relata Sampaio. Assim, caso algum mergulhador ou pesquisador encontre algum peixe da espécie em Alagoas, os especialistas recomendam que técnicos do Projeto Conservação Recifal sejam comunicados através dos emails: conservaçãorecifal@gmail.com ou buiabahia@gmail.com. “Apesar de um peixe-leão ter sido encontrado apenas no Rio de Janeiro, acreditamos que é só uma questão de tempo para a espécie ser localizada aqui no Nordeste. Assim, caso ele seja capturado, o peixe deve ser manuseado com cuidado para evitar ferimentos dolorosos. Sugerimos que o peixe seja fotografado, registranda a localização da captura, a profundidade e a data da pescaria. Depois, ele deve ser congelado e os pesquisadores do Conservação Recifal avisados", orienta Sampaio. O trabalho do Projeto Conservação Recifal é a primeira iniciativa brasileira para alertar as comunidades pesqueiras e operadoras de mergulho sobre o risco eminente da bioinvasão do peixe-leão. Assim, o trabalho conta com a parceria das universidades federais de Alagoas e de Pernambuco, com financiamento da The Ocean Foundation e Waitt Foundation, além do apoio da Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, do ICMBio.