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terça-feira, 2 de junho de 2015

Fêmeas de espécie ameaçada de peixe-serra se reproduzem sem sexo


Uma pesquisa rotineira sobre a população de uma espécie ameaçada de peixe-serra nos Estados Unidos levou a uma descoberta surpreendente: algumas fêmeas estavam se reproduzindo sem sexo nem qualquer participação dos machos, em um processo chamado partenogênese. Enquanto a partenogênese é comum em invertebrados, até o momento a existência do fenômeno em vertebrados só tinha sido constatada em raras ocasiões, em animais como pássaros, répteis e tubarões, mas sempre em cativeiro. Esta é a primeira vez que foram identificados filhotes de vertebrados nascidos desta forma na natureza. A descoberta, que foi publicada na revista científica "Current Biology" nesta segunda-feira (1º), foi possível graças à análise do DNA de exemplares de peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata) em um rio da Flórida, nos Estados Unidos. "Estávamos conduzindo testes de rotina de DNA nos peixes-serra encontrados na área para ver se parentes estavam se reproduzindo com parentes devido ao pequeno tamanho da população", diz Andrew Fields, principal autor da pesquisa e pesquisador da Universidade Stony Brook. "O que as análises de DNA nos mostraram foi muito mais surpreendente: fêmeas de peixe-serra estavam, algumas vezes, se reproduzindo sem acasalamento", disse Fields. Foram identificados sete filhotes que nasceram dessa forma e eles eram saudáveis. "Existe uma noção geral que a partenogênese em vertebrados é uma curiosidade que geralmente não leva a filhotes viáveis", diz Gregg Poulakis, da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida. O estudo mostrou o contrário. Os pesquisadores acham que esse tipo de reprodução pode ser mais comum em populações pequenas e ameaçadas, mas mais pesquisas devem ser feitas para verificar se o fenômeno se repete em outras espécies de animais.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Peixe-serra





 
O Peixe-serra é um animal da família dos Pristidae que entra na classificação de peixe batóides, também conhecidos como raias. Sua principal característica e o imenso focinho em formato de serra e o maxilar extremamente alongado com dentes nas bordas exteriores. Com mais de vinte pares de dentes regularmente organizados, ele costuma se alimentar nas regiões arenosas, onde os poros de sua mandíbula permitem que ele detecte os movimentos de outros peixes e possa atacá-los. Sua alimentação é composta basicamente por crustáceos, peixes com espinha, lulas e camarões. Seu habitat é composto por áreas costeiras de clima tropical, baías e estuários. Ele é bastante procurado no Japão, mas também pode ser encontrado em grande parte do oceano Indico e na costa da África do Sul .
 
O peixe-serra é comumente confundido com o tubarão-serra pela semelhança física. A grande diferença está na cabeça achatada dorsiventralmente, com as fendas branquiais na face ventral característica do peixe-serra. A reprodução do peixe-serra é ovovivípara e ele chega a ter até 20 filhotes de uma vez. Os filhotes já nascem completamente formados, o que inclui a serra e a cauda. No total o comprimento de um adulto chega aos 10 metros com até 2 metros só de cauda. Com hábitos noturnos, eles dormem durante o dia e vão à procura de alimento durante a noite. Seu rosto funciona de modo semelhante a uma pá, desenterrando alimentos do fundo do mar, ou também, como uma espada, para matar as presas. Sua carne é saborosa e ele é muito consumido no Japão. Os peixes-serra vivem em torno de 25 a 20 anos e atingem a idade adulta aos 10 anos, e só iniciam a reprodução antes quando atingem os 3,5 ou 4 metros de comprimento. O uso de suas barbatanas que são consumidas como uma iguaria e seu óleo de fígado para uso em medicamentos tornou a espécie ameaçada de extinção.