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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Rã indiana expele muco que pode combater vírus da gripe, segundo estudo


Uma rã no sul da Índia expele um muco da sua pele que pode um dia ajudar as pessoas a combater certos tipos de vírus da gripe, disseram pesquisadores na terça-feira (18). O nome científico dessa rã, colorida e do tamanho de uma bola de tênis, é Hydrophylax bahuvistara, segundo o artigo publicado na revista científica "Immunity". "Rãs diferentes produzem peptídeos (cadeias de aminoácidos) diferentes, dependendo de onde é seu hábitat", disse o especialista em gripe e coautor do estudo Joshy Jacob, da Universidade Emory, ressaltando que os humanos também produzem proteínas que agem como defensoras do organismo. "É um mediador imune natural inato presente em todos os organismos vivos. Acabamos de encontrar um produzido pelo sapo que por acaso é eficaz contra o tipo de gripe H1", acrescentou. Os pesquisadores deram pequenos choques elétricos nas rãs para estimular a secreção dos seus peptídeos de defesa, que parecem combater a cepa H1 do vírus da gripe, e coletaram a substância. O peptídeo antiviral foi batizado de "urumin", em referência a uma espada parecida com um chicote usada no sul da Índia há séculos, disse o estudo. O urumin não é tóxico para mamíferos, mas "parece perturbar a integridade do vírus da gripe, como visto através de microscopia eletrônica", apontou. Quando os pesquisadores espremeram um pouco de urumin nos narizes de ratos de laboratório, o peptídeo os protegeu contra o que teria sido uma dose letal do vírus da gripe H1, o tipo responsável pela pandemia de gripe suína de 2009. Mais pesquisas são necessárias para determinar se o urumin pode se tornar um tratamento preventivo contra a gripe em humanos, e para analisar se outros peptídeos derivados de rãs podem proteger contra vírus como o da dengue e o da zika.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Pesquisadores brasileiros e argentinos descobrem fluorescência em rã



Pesquisadores de Brasil e Argentina identificaram fluorescência em uma rã arborícola encontrada na América do Sul, informou na quinta-feira (16) à AFP um dos autores do estudo. "Este caso é o primeiro registro científico de uma rã fluorescente. Não há relatos precedentes sobre isto, e também sobre estas moléculas que podem ser fluorescentes", declarou Carlos Taboada, um dos pesquisadores. Em um laboratório do Museu Argentino de Ciências Naturais de Comodoro Rivadavia (MACN), em Buenos Aires, Taboada explicou à AFP o alcance do trabalho do qual participou. Taboada trabalha na equipe liderada pelo argentino Julián Faivovich, principal pesquisador do MACN e do Conselho Nacional de Ciência e Técnica (Conicet), cuja descoberta foi recentemente publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Além dos argentinos, participaram da pesquisa os brasileiros Andrés Brunetti e Fausto Carnevale, ambos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Segundo Faivovich, a descoberta "modifica radicalmente o que se conhece sobre a fluorescência em ambientes terrestres, permitiu encontrar novos compostos fluorescentes que podem ter aplicações científicas ou tecnológicas, e gera novas perguntas sobre a comunicação visual entre anfíbios". Integrante do departamento de Biodiversidade e Biologia Experimental da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires, o pesquisador explica que a origem da fluorescência se deve a "uma combinação da emissão (de compostos) das glândulas da pele e da linfa, que é filtrada pelas células pigmentares também da pele, que nesta espécie é translúcida". Há seis anos, a equipe tentava explicar a origem metabólica dos pigmentos em rãs quando encontraram a fluorescência, revelou Taboada em entrevista no laboratório biológico.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cientistas descobrem posição sexual inédita de rãs em floresta da Índia



Durante anos, cientistas achavam que rãs e sapos usavam apenas seis posições para acasalar. Uma nova descoberta sugere que eles estavam errados. Em uma floresta na Índia, pesquisadores documentaram uma sétima posição sexual entre rãs da espécie Nyctibatrachus humayuni, também conhecidas como rãs noturnas de Bombaim. A última novidade do "Kama Sutra" dos anuros é a chamada posição escarranchada dorsal. Como as outras posições - mas diferentemente do sexo mamífero - ela tem o objetivo de permitir que o macho fertilize os ovos fora do corpo da fêmea. Os pesquisadores passaram 40 noites em uma floresta densa da Índia buscando rãs macho seguindo seu chamado de acasalamento e filmando a ação quando a fêmea aparecia. Em um trabalho publicado nesta terça-feira (14) pela revista científica "PeerJ", S. D. Biju, da Universidade de Delhi, e sua equipe de pesquisa descrevem o que viram: Quando a fêmea faz o contato físico, o macho sobe nas suas costas. Mas em vez de agarrá-la pelas axilas ou cabeça, como rãs de outas espécies fazem, ele coloca suas patas nas folhas, ramos ou galho da árvore onde o par está apoiado. Depois de uma média de 13 minutos, ela arqueia suas costas de forma repetitiva e ele sai de cima dela. Ela põe os ovos depois e permanece imóvel com as patas traseiras esticadas por vários minutos ao redor dos ovos. Depois ela sai. Os pesquisadores suspeitam que, durante o ato, ele deposita o esperma nas costas da fêmea. O esperma, então, escorre para fertilizar os ovos enquanto ela os envolve com suas pernas, sugerem os pesquisadores. Mas um cientista que não participou do estudo questiona a conclusão. Narahari Gramapurohit, da Savitribai Phule Pune University, da Índia, que estuda a mesma espécie de rã, diz que ele não acredita que o estudo tenha descoberto uma nova posição sexual. Ele também duvida que o esperma chegue até os ovos a partir das costas da fêmea. De qualquer forma, o trabalho das rãs pode ter sido em vão. Dos 15 grupos de ovos que os pesquisadores monitoraram para o estudo, 12 foram comidos por predadores antes da eclosão.

sábado, 26 de março de 2016

Fungo torna rãs mais ‘sexies’ para facilitar propagação, indica pesquisa


Cientistas na Coreia do Sul descobriram que um fungo está tornando rãs asiáticas mais atraentes às fêmeas da espécie colaborando no sucesso da evolução de uma geração a outra. Em entrevista à BBC, o professor-associado da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, Bruce Waldman, falou sobre sua pesquisa com uma rã comum na Ásia, a Hyla japonica, e um fungo que ataca rãs, o Batrachochytrium dendrobatidis, também chamado de Bd. Segundo a pesquisa de Waldman este fungo causa uma doença pandêmica que pode matar o anfíbio além de afetar de várias formas a saúde do hospedeiro. "Bd interfere com o equilíbrio eletrolítico e a osmorregulação, causando insufiência cardíaca nos indivíduos afetados", escreveu o pesquisador. Além disso, fungo também interfere no sistema imunológico e em muitos outros tecidos o que leva o anfíbio a ficar letárgico, perder a coordenação além de outras mudanças no comportamento. Mas Waldman notou que os machos da espécie estudada infectados por este fungo mudam o padrão de vocalizações para atrair mais fêmeas para a reprodução. O pesquisador chegou à conclusão de que "machos infectados chamam (as fêmeas) mais rapidamente e produziram chamados mais longos do que os machos não infectados". E isto, de acordo com Waldman, pode mudar a reação das fêmeas. "Muitas rãs procuram por parceiros através de vocalizações (dos machos). Nem todas, mas muitas rãs fazem isso", disse o pesquisador em entrevista à BBC. "Então, um fator preliminar determinante do sucesso reprodutivo é como você chama (uma parceira). Se você chama muito, arruma uma parceira melhor, arruma mais parceiras." Waldman afirmou que o fungo afetou os anfíbios, principalmente no instinto de colocar mais esforço nos chamados pelas fêmeas. "A estrutura do chamado é diferente, eles fazem chamados mais longos, mais rapidamente. Eles parecem fazer chamados mais vigorosos do que os feitos por indivíduos saudáveis, que não foram infectados", afirmou. Quando perguntado se a fêmea da rã asiática pensa que o macho infectado é mais viril, o pesquisador respondeu com bom humor. "Não sei exatamente o que ela pensa (risos). Mas é mais provavel que ela escolha o macho infectado ao invés do não infectado." "Aquele macho poderá infectá-la e é possível que as crias também sejam infectadas", acrescentou. Waldman afirma que as rãs estudadas sobreviveram à infestação por este fungo. "Fizemos outros estudos que mostram que, mesmo que este tipo de fungo mate rãs em outras partes do mundo, na Coreia e na maior parte da Ásia ainda não vimos uma grande mortandade de anfíbios. E muitos deles estão infectados por este fungo." "As rãs sobrevivem. Na verdade elas parecem estar muito bem! Esta descoberta é muito surpreendente, não é o que esperávamos", acrescentou. O pesquisador afirmou que os anfíbios na Ásia parecem ter desenvolvido uma "boa resposta imunológica que permite que eles mantenham o fungo sob controle". "Lançar este tipo de resposta imunológica (geralmente) parece ter um custo (...) e nós esperávamos que (este custo) seria uma diminuição de energia em outras atividades como o chamado (pela parceira). Mas a energia aumentou e este resultado foi surpreendente para nós", afirmou o cientista à BBC. O cientista afirma que as rãs, asiáticas ou não, têm um papel importante já que "o ecossistema tem que ser visto como um todo e todos os animais e plantas têm um papel". "Rãs têm um certo papel para eliminar insetos ou (também) em outros tipos de necessidades humanas, mas isto não é o principal. Temos que manter a biodiversidade e rãs são parte da biodiversidade."

segunda-feira, 14 de março de 2016

Pesquisadores da Unesp descobrem rã que canta e acaricia para acasalar


Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro descobriram uma nova espécie de rã com um sofisticado sistema de comunicação que envolve desde vocalizações a carícias entre machos e fêmeas utilizadas não só para fins de acasalamento, mas também para defesa de território. Encontrada na Serra do Japi, em Jundiaí (SP), as características físicas e comportamentais do Hylodes japi, a rãzinha-da-correnteza, foram descritas pela primeira vez em artigo publicado na revista PloS One por pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da Unesp. O pesquisador Fábio Perin de Sá explicou ao G1 que o projeto tem dois principais objetivos. "O primeiro interesse foi compreender qual espécie de Hylodes era a que ocorria na Serra do Japi. O segundo passo foi compreender a história natural da espécie, pois nada era conhecido. Com o estudo, há agora maior compreensão dos comportamentos relacionados à comunicação da espécie, principalmente relativos à reprodução", disse. Durante 15 meses, os pesquisadores estudaram uma população de rãs em um riacho, acompanhando seus hábitos e fazendo registros audiovisuais. "As informações geradas permitem a conservação efetiva da espécie. O estudo também apresenta resultados que contribuem para o entendimento da evolução da comunicação nos anuros de modo geral", explicou Sá. Segundo ele, foram identificadas e classificadas 18 sinalizações visuais realizadas por machos e fêmeas da espécie. Também foram descritos os diferentes cantos dos machos. O estudo dos dados coletados revelou a complexidade da comunicação da espécie. Sá explicou que existe um repertório amplo de sinais visuais e que eles podem ser combinados. O macho atrai a fêmea para seu território por meio de sinalizações visuais e sonoras. Ambos interagem com sinalizações visuais, sonoras e táteis. Os pesquisadores também descobriram que os machos usam seus sacos vocais duplos de modo independente para sinalizar, provavelmente melhorando sua performance durante a comunicação. Além de emitir diferentes tipos de sons, a rãzinha-da-correnteza utiliza um repertório de sinais visuais que nunca haviam sido descritos entre os anfíbios, como posições do pé, impulsos com os braços e movimentos de balançar e serpentear a cabeça. Após conseguir ser notado, o macho faz sinais com os dedos e movimentos de corpo e cabeça que demonstram seu “interesse”. Caso a fêmea não se interesse, ela mergulha na água e desaparece, fazendo com que o macho procure outra pretendente de imediato, voltando a vocalizar até que outra fêmea o aceite. O “sim” vem em forma de toques nas patas e no dorso, próximo à cabeça. "Após essa extensa interação, o casal mergulha no riacho-de-correnteza, habitat ao qual a espécie é associada, e deposita os ovos numa câmara subaquática, construída pelo macho no leito do riacho", explicou Sá.

domingo, 3 de maio de 2015

Espécie rara de rã é descoberta na Serra do Japi, em Jundiaí


Uma espécie inédita de rãzinha-de-riacho foi descoberta e fotografada na área da Serra do Japi, em Jundiaí (SP), pelo biólogo e zootecnista Fábio Perin de Sá. O trabalho identificou que, entre as espécies desse animal que fazem parte da biodiversidade local, essa é uma variação totalmente desconhecida nos registros científicos da família Hylodidae. O pesquisador recebeu apoio da base ecológica mantida na Reserva Biológica Municipal (Rebio) da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente da cidade. De acordo com a pesquisa, disponível pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a descoberta mostra ainda que a espécie nova é endêmica, ou seja, só ocorre na Serra do Japi. Ainda segundo a pesquisa, apesar de ser morfologicamente similar a outras espécies do gênero Hylodes, a nova espécie pode ser distinguida pelo seu padrão de coloração, suas características de canto de anúncio e por meio de análises moleculares.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Pesquisadores esperam 'reviver' rã extinta há 30 anos com clonagem


 
Cientistas do Projeto Lazarus estão trabalhando para "reviver" uma espécie de rã australiana, extinta há cerca de 30 anos, utilizando técnicas de clonagem. Eles conseguiram implantar de forma bem-sucedida núcleos retirados de células "mortas" do animal, que estavam congeladas há anos, em células de um anfíbio de outra espécie aparentada. A rã extinta, da espécie Rheobatrachus silus, era conhecida por sua forma bizarra de cuidar dos filhotes: ela engolia os ovos, incubava os filhotes no estômago e depois "dava a luz" a eles pela boca, segundo os cientistas. O animal foi considerado extinto em 1983. Os pesquisadores preservaram exemplares da rã congelados e conseguiram, com repetidos experimentos, transferir núcleos de células somáticas (já especializadas em algum tecido, como a pele) para células embrionárias de outra espécie de anfíbio: a Mixophyes fasciolatus, uma "parente distante", segundo os cientistas. Ao substituir o núcleo ativo das células da Mixophyes fasciolatus pelo núcleo "morto" da rã extinta, os cientistas conseguiram que ocorresse espontaneamente a divisão celular e que novas células surgissem. Os embriões, no entanto, morreram após alguns dias. Apesar disso, testes genéticos confirmaram que as novas células obtidas continham material genético da rã extinta. "Nós estamos observando um 'ressuscitar dos mortos', passo a passo", disse o professor Mike Archer, da Universidade de New South Wales, em Sydney, na Austrália. "Nós reativamos células mortas usando células vivas e 'revivemos' o genoma da rã extinta no processo. Agora nós temos células preservadas criogenicamente do animal extinto, para usar em futuros experimentos de clonagem", disse Archer. "Estamos confiantes que os obstáculos agora são tecnológicos e não biológicos, e que vamos ser bem-sucedidos", analisou o pesquisador no estudo.

Cientistas descobrem 14 novas espécies de 'rãs dançarinas' na Índia


 
Um grupo de cientistas descobriu na Índia 14 novas espécies de um tipo de rã único no mundo, consideradas "relíquias viventes", embora seu habitat esteja cada vez mais ameaçado. Esse anfíbio conhecido como "rã dançarina", pelo movimento das patas traseiras dos machos durante o cortejo, só é encontrado em Western Ghats, uma cordilheira ao oeste da Índia em frente ao mar da Arábia, disse o cientista Sathyabhama Dás Biju. O trabalho científico foi dirigido por este especialista em anfíbios, um reconhecido biólogo da Universidade de Délhi, que estudou durante 12 anos essas espécies com outros especialistas de diferentes centros do gigante asiático. A investigação, publicada no "Ceylon Journal of Science", é fruto do trabalho de campo realizado nos estados indianos de Kerala, Tamil Nadu, Karnataka e Maharashtra. Análises de DNA e características morfológicas foram indispensáveis na identificação das novas espécies. As rãs pertencem à família das Micrixalidae e a um gênero único da Índia, denominado Micrixalus, do qual eram conhecidas outras 11 espécies até agora e cujas origens se remetem há 85 milhões de anos, o que justifica a consideração de "relíquias viventes". Estes pequenos animais vivem em correntes rápidas de água nas montanhas, em um habitat no qual 75 novos anfíbios foram descobertos nos últimos 15 anos. Segundo a fonte, uma centena de espécies ainda pode ser descrita cientificamente no local. No entanto, os locais onde vivem se mostram cada vez mais ameaçados pela ação humana. Por isso as novas espécies "requerem ações imediatas para sua conservação", já que a maioria vive em áreas sem proteção ambiental, advertem os cientistas. O trabalho realizado pelos cientistas pôs em evidência a fragilidade do local, "altamente degradado e ameaçado pela pressão humana", com consequências como a dissecação dos riachos vitais para a sobrevivência dessas rãs consideradas "espécies raras".