Mostrando postagens com marcador Tartarugas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tartarugas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Depois de tanto acasalar e salvar espécie, tartaruga gigante Diego se aposenta em Galápagos


A tartaruga gigante que é considerada a salvadora de sua espécie — graças a sua extraordinária libido — vai agora se aposentar, retornando à vida selvagem em sua ilha de origem. Diego, como é chamado, estava entre os 14 machos selecionados para um programa de acasalamento de tartarugas na ilha de Santa Cruz, no arquipélago de Galápagos. O programa foi considerado bem-sucedido, produzindo mais de 2 mil tartarugas gigantes desde seu início, ainda nos anos 1960, e o apetite sexual de Diego foi crucial para isso. Agora com cem anos de idade, Diego ajudou a produzir centenas de filhotes — segundo algumas estimativas, esse número talvez chegue a 800. Com o programa concluído, Diego vai retornar em março para sua ilha nativa, Española, segundo informou o serviço de Parques Nacionais de Galápagos (PNG). Assim, ele vai se somar a uma população de 1,8 mil tartarugas, das quais ao menos 40% são suas descendentes diretas. "Ele contribuiu com uma grande porcentagem da linhagem que estamos devolvendo a Española", afirmou Jorge Carrion, diretor do PNG, à agência France Presse. "Estamos felizes com a possibilidade de devolver essa tartaruga a seu habitat natural." Diego é um Chelonoidis hoodensis, espécie encontrada na natureza apenas nessa ilha ao sul do arquipélago de Galápagos, no Pacífico. O arquipélago, a 900 km da costa do Equador, ficou famoso mundialmente por ter sido palco de estudos do naturalista inglês Charles Darwin, autor da Teoria da Evolução, graças a sua grande e peculiar biodiversidade. Calcula-se que Diego tenha sido retirado de Galápagos cerca de 80 anos atrás, por uma expedição científica que o levou ao Zoológico de San Diego, nos EUA. Cerca de 50 anos atrás, sobravam apenas 2 machos e 12 fêmeas de sua espécie em Española. Para ajudar no programa de repovoamento, Diego foi identificado como um dos últimos remanescentes entre os Chelonoidis hoodensis e levado de volta para a Estação de Pesquisas Charles Darwin, em Galápagos, em 1977.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Voluntários se unem para salvar tartarugas da cheia do rio Guaporé em Rondônia - Brasil




Com o nível do rio Guaporé subindo rapidamente neste mês de dezembro, dezenas de moradores de São Francisco do Guaporé (RO) se uniram em uma corrente solidária para salvar os filhotes de tartarugas que nasceram nas praias formadas ao longo do rio, na divisa de Rondônia com a Bolívia. Segundo a Ecovale, entidade que acompanha o nascimento dos quelônios no Guaporé, a ação voluntária foi necessária porque a água começou encobrir a areia, alagando as praias da região. Com a areia pesada, os filhotes de tartarugas não conseguem deixar os ninhos. Para evitar a mortandade das tartarugas, os voluntários se deslocam até os bancos de areia para resgatar os quelônios. Em um resgate acompanhado pela Rede Amazônica, a reportagem registrou os voluntários salvando um ninho com mais de 200 filhotes de tartarugas. Mesmo assim alguns quelônios não resistiram à cheia do rio. "A água vem por baixo da areia e acaba matando alguns filhotes", diz Zeca Lula, presidente da Ecovale. Depois de serem resgatadas dos ninhos, as tartarugas são levadas a um cativeiro montado na margem do rio, onde ficam por 20 dias. Segundo o presidente da Ecovale, os quelônios precisam ficar no cativeiro para perder um cheiro característico, atrativo de predadores naturais, como piranhas e jacarés. "É interessante poder contribuir de alguma maneira com essa ação, pois a gente sabe que o projeto de cuidado com as tartarugas é demorado. Exige muito trabalho, então a emoção é grande em contribuir com a sustentabilidade do planeta", ressalta a professora Mara Célia, que ajudou no resgate das tartarugas.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Após um mês e meio, tartaruga encontrada coberta de óleo em praia do sul da Bahia é devolvida ao mar


A tartaruga encontrada coberta de óleo em praia da cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, foi devolvida ao mar no domingo (15), um mês e meio após ser resgatada. O animal foi achado no momento em que eram registradas grandes quantidades da substância no litoral do Nordeste. Após ser achada, na madrugada de 30 de outubro, o animal foi levado para o hospital veterinário da Universidade Estadual da Santa Cruz, onde recebeu os primeiros socorros. Quando ela voltou a respirar normalmente, seguiu de carro para uma base do Ibama montada na península de Maraú, também no sul da Bahia. Ela ingeriu muito óleo e continuou eliminando o material por mais 30 dias. Além disso, ela precisou passar por sondagem gástrica várias vezes para receber medicações e vitaminas. Ainda por causa do contato com a substância, a tartaruga desenvolveu uma úlcera de córnea por queimadura química do óleo. Segundo o Ibama, no último exame clínico, o animal demonstrou estar alerta, ativo e resistente a contenção. A entidade ainda afirmou que a inspeção da cavidade oral não demonstrou alterações e que o animal mantinha natação, flutuabilidade, funções fisiológicas e apetite compatíveis com a espécie. Durante o tratamento, a tartaruga ainda ganhou 2,1 Kg.Os exames físico, neurológico e hematológico assim como a biometria e o comportamento da espécie também não apresentaram alterações. Com isso, a entidade atestou que o animal estava apto a retornar ao habitat.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Filhote de tartaruga com defeito genético incomum é achado por voluntários de ONG em RO - Brasil


Uma tartaruga que nasceu com menos melanina do que o normal foi encontrada por voluntários da Associação Comunitária Quilombola e Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale) nas praias do rio Guaporé, em São Francisco do Guaporé (RO), município a cerca de 630 quilômetros de Porto Velho. Segundo Saymon Albuquerque, biólogo e especialista em herpetologia (ciência que estuda répteis e anfíbios), o filhote nasceu "hipomelânico". "É um animal com pouca melanina. Não é um albinismo completo", explicou. O encontro da espécie ocorreu no último fim de semana em meio ao trabalho de devolução de tartarugas à natureza. A Ecovale estima que mais de 2 milhões de tartarugas tenham sido salvas em 2019. De acordo com Saymon, animais que nascem com esse tipo de defeito genético não costumam viver muito, já que são achados com mais facilidade pelos predadores. "Tanto que é extremamente raro achar um adulto. Na natureza é bem difícil de achar. Não é comum", complementou. A tartaruga com pouca melanina deve permanecer sob responsabilidade da Ecovale por um período, até que se decida se é viável a soltura do animal no rio Guaporé.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Tartaruga põe ovos na Praia da Barra da Tijuca, no Rio; ninho é cercado




Uma tartaruga-cabeçuda escolheu a areia da Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para pôr seus ovos. A capital não costuma receber desovas, mais comuns no Norte Fluminense. O ninho foi descoberto no fim da tarde de quinta-feira (7) e desde então está cercado, com um pedido para que não mexam. Guardas municipais e bombeiros também vigiam o espaço. Suzana Guimarães, coordenadora regional do projeto Aruanã Tartarugas Marinhas, da Universidade Federal Fluminense (UFF), está monitorando os ovos diariamente. Não é certo que dali sairão tartaruguinhas, pois não se sabe se a mãe foi fecundada — o jeito será esperar. ncubação dos ovos demora de 45 a 60 dias. “Depende da temperatura neste tempo. Quanto mais alta, mais rápido”, ensina Suzana. “Estamos no pico da temporada de desova de tartaruga-cabeçuda”, explica Suzana. “O Norte Fluminense é uma das áreas prioritárias de desova desta espécie no Brasil”, prossegue. “Essa fêmea poderia estar em rota migratória e acabou colocando um ninho aqui, já que uma parte dos ovos já estava madura”, detalha. Suzana lembra que em 2015 ocorreu uma desova em Maricá, e, em 2017, na Praia de Itaipu, Niterói.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Tartarugas marinhas reabilitadas após contato com manchas de óleo são devolvidas ao mar em Sergipe - Brasil



Três tartarugas marinhas, que apareceram encalhadas e sujas de óleo no litoral de Alagoas e da Bahia, foram soltas nesta quinta-feira (31), a 23 quilômetros da costa, em Aracaju, pela Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA). De acordo com a FMA, as tartarugas tem, em média, 65 centímetros de comprimento, ficaram cerca de 21 dias em reabilitação, até estarem saudáveis e livres da substância. "As três estavam muito debilitadas e tinham pneumonia porque haviam aspirado óleo também. Então, fizemos todo o tratamento químico, e durante o tratamento elas passaram por alguns banhos para despetrolização, com óleo mineral e detergente neutro. Depois de completamente limpas, elas foram para um tanque maior, para fazer com que elas se alimentassem sozinhas, nadassem, afundassem e fizessem todos esses comportamentos normais da espécie", explicou a veterinária da Fundação, Rafaelle Monteiro. O primeiro avistamento do que se tornou o maior desastre ambiental na costa brasileira ocorreu em 30 de agosto no estado da Paraíba. Desde então, a mancha foi limpa e voltou mais de uma vez em 16 praias do Nordeste. Ao todo, mais de 280 localidades foram atingidas. No dia 10 de outubro, 1.000 filhotes de tartarugas foram soltos em alto-mar para evitar contato com manchas.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Tartaruga viva encalha na praia da Jatiúca, em Maceió, e é resgatada



Uma tartaruga viva foi encontrada encalhada na manhã desta segunda-feira (23), na praia da Jatiúca, em Maceió. Segundo informações do Instituto Biota, que foi acionado para resgatar o animal, ela é da espécie Chelonia mydas, popularmente conhecida como tartaruga-verde, e está cheia de manchas. “As manchas são tumores, causados por um vírus associado a ambientes poluídos”, explica Bruno Stefanis, biólogo da instituição. O animal será encaminhado para receber cuidados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). No sábado, uma tartaruga morta foi encontrada na praia de Jacarecica em estado avançado de decomposição. O animal, da mesma espécie, estava preso a uma armadilha de pesca e com um alimento na boca.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Tartaruga ganha prótese feita de Lego após perder patas traseiras


Pedro, a tartaruga, foi adotado por uma família sem ter uma das patas de trás. Depois de um tempo, ele fugiu e voltou sem a outra. Ficou meses perdido. Foi então que a dona, Sandra Taylor, resolveu levá-lo até a faculdade de medicina veterinária da Universidade do Estado da Luisiana: ele recebeu uma prótese veicular feita com Lego. A tartaruga macho estava com a saúde em dia, de acordo com os médicos. Só precisa de uma ajuda para se locomover. "A ferida já tinha cicatrizado bem e ele conseguiu voltar pra casa só com as patas da frente. Sem as patas traseiras, ele fica com menos mobilidade. Como Pedro é uma tartaruga-de-caixa, ele ainda pode se esconder dentro do casco e se proteger, mas os donos teriam que deixar ele sempre dentro de casa", disse Kelly Rockwell, estudante da Universidade do Estado da Luisiana. O grupo de estudo da universidade usou um kit veicular de Lego. Ele foi adaptado e usaram resina epóxi para anexar ao casco - o mesmo material usado em ferraduras. Os médicos também usaram seringas para criar os eixos, com pequenos cortes para ajustar. "A faculdade de veterinária pode ser difícil às vezes, mas sentar no chão com meus colegas e ver os professores felizes por Pedro poder 'rolar' pela primeira vez, foi um momento de pura alegria", disse a veterinária Sarah Mercer. De acordo com a universidade, os donos da tartaruga ficaram entusiasmados com o resultado.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Criados em 'berçários', 100 mil filhotes de tartarugas já foram soltos em rios no Araguaia em Mato Grosso


Mais de 100 mil filhotes de tartarugas já foram soltos nos rios da região Araguaia de Mato Grosso. O projeto 'Amigos da natureza' faz o repovoamento da tartaruga-da-amazônia por meio de berçários em locais seguros e monitorados, até em escolas e quartéis militares. O projeto tem quase 18 anos. Na semana do Meio Ambiente, o G1 publica, em parceria com a TV Centro América, uma série de reportagens sobre o assunto e detalhes da Expedição Travessia e da Expedição Rio Paraguai – das nascentes à foz. No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Francisco de Assis Ribeiro de Sousa, que trabalha com conservação de tartarugas na região, explica que o projeto começou em 2001. Os principais objetivos, além da conservação das tartarugas, são a recuperação e reflorestamento, soltura de peixes de espécies nativas na bacia hidrográfica do Araguaia e coleta de lixo em trechos turísticos nos rios da região. A soltura das tartarugas já ocorreu nos municípios da região: Luciara, Santa Terezinha, Porto Alegre do Norte, Confresa e São Félix do Araguaia. O projeto funciona com participação de voluntários e órgãos parceiros, como prefeituras, Ministério Público e colônias de pescadores. Os filhotes rompem os ovos e nascem após um período de incubação que varia entre 45 e 60 dias, dependendo do calor do sol. A saída do ninho ocorre quase sempre à noite, estimulada pelo resfriamento da temperatura da areia. Nessa hora, são menores as chances de serem atacados por predadores. Eventualmente, num dia nublado ou chuvoso, pode ocorrer o nascimento durante o dia, por conta do resfriamento da areia.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Polícia das Filipinas apreende 1,5 mil tartarugas em malas abandonadas em aeroporto





A polícia das Filipinas descobriu 1.529 tartarugas vivas envoltas em fita adesiva dentro de quatro malas abandonadas no aeroporto de Manila no domingo (3). As malas estavam repletas de variedades raras e protegidas, incluindo tartarugas estelares, tartarugas de patas vermelhas, tartarugas sulcadas e escorregadores de orelhas vermelhas. Os animais foram trazidos em um voo de Hong Kong por um passageiro das Filipinas e deixados na área de desembarque do aeroporto internacional de Manila Ninoy Aquino. Os répteis foram avaliados em até 4,5 milhões de pesos (£ 60.000). As tartarugas foram transferidas para uma unidade de monitoramento. Há uma alta demanda por tartarugas como animais de estimação exóticos, que são valorizados por sua carne e por uso na medicina tradicional em alguns países asiáticos. As Filipinas têm leis rígidas contra o contrabando de animais e, se encontradas, a pessoa que transporta pode pegar até dois anos de prisão e multa de 200 mil pesos. O contrabando de animais silvestres é um problema em todo o sudeste da Ásia. A alfândega filipina apreendeu 560 tipos de vida selvagem e animais ameaçados em 2018, incluindo 250 lagartixas, 254 pedaços de coral e várias espécies de répteis, e em 2019 já apreendeu 63 iguanas, camaleões e dragões barbudos em bagagens nos embarques internacionais.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Filhotes de tartarugas marinhas ganham o mar pela primeira vez



O Instituto Biota realizou a soltura de 77 filhotes de tartarugas marinhas recém-nascidos na praia do Mirante da Sereia, em Maceió, na tarde desta terça-feira (5). O Biota é uma Organização Não Governamental (ONG) que monitora mais de 100 ninhos de tartarugas na região. As fêmeas depositam seus ovos na areia da praia e os enterram. Os filhotes levam de 45 a 60 dias para nascer, e quando chega o momento, eles saem dos ovos e seguem direto para o mar. Mas às vezes é preciso dar uma forcinha nesse ciclo natural. De acordo com Luciana Salgueiro, voluntária do Biota, a soltura dos filhotes é parte do trabalho desenvolvido pelo instituto. "Dentro desse trabalho de pesquisa que a gente desenvolve, acompanhamos os ninhos e, quando possível, em função de diversas condições, fazemos um trabalho de educação ambiental. Alguns ninhos a gente traz e, ao invés de aguardar o nascimento natural, que provavelmente seria na noite de hoje, damos uma forcinha e trazemos para a população ver", explica Luciana. E esse espetáculo da natureza atrai mesmo muita gente. As mais animadas em participar da soltura eram as crianças. Os voluntários contaram com a ajuda delas para tirar os bichinhos da caixa onde estavam e colocá-los na areia. "Achei muito legal participar. Gostei principalmente de pegar a tartaruga. Espero que ela cresça no mar, que ela volte aqui e que tenha outros filhotes", conta a Júlia Guedes, de 10 anos. Uma vez na areia, as tartaruguinhas começavam seu primeiro grande desafio: vencer o trajeto da areia até o mar. Algumas conseguiam seguir em linha reta até a agua, já outras, precisaram de uma ajuda extra dos voluntários para achar o caminho certo. Tudo isso foi assistido por várias pessoas, que tiraram várias fotos. A dentista Camila Vardiero levou o filho de 4 anos para acompanhar a soltura. "Estou achando muito lindo. E o fato de as crianças terem a oportunidade de pegar a tartaruga e colocar na areia, cria um vínculo, uma conscientização de que é importante preservar tudo isso, cuidar das tartaruguinhas", afirma Camila. O Instituto Biota reconhece a importância da participação da população, que acaba virando parceira desse trabalho. "A população cada vez mais conhece [nosso trabalho] e até cobra a realização dessas solturas. Ficamos felizes de ver esse reconhecimento, pois as pessoas viram parceiras. Infelizmente, ainda temos muita violação de ninho, remoção de marcação. Com a ajuda da população, o trabalho de monitoramento é facilitado", afirma a voluntária Luciana.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Para preservar espécies ameaçadas, turistas em Noronha precisam respeitar espaço das tartarugas



O turista em Fernando de Noronha precisa se adaptar: existem regras de conservação da flora e fauna da ilha e a prioridade não são as pessoas. É assim que Noronha consegue preservar vidas de animais em risco de extinção, como a tartaruga-verde. A cada mil nascimentos, estima-se que apenas um animal chega à vida adulta. Além dos predadores naturais, é a ação do homem que cada vez mais impede que este ciclo seja completo. O G1 esteve em Fernando de Noronha como parte do "Desafio Natureza" para mostrar as questões que a ilha enfrenta com o tratamento do lixo. Atualmente, o lixo oceânico é um dos maiores problemas para a vida das tartarugas marinhas. A cena de uma tartaruga tendo um canudo removido do nariz desencadeou uma guerra ao item, mas o problema é grande. A bióloga Bruna Canal, do projeto Tamar, explica que o lixo costuma afetar mais a vida das tartarugas dentro d'água. Em Noronha, especificamente, são poucos os registros de tartarugas encalhadas debilitadas por causa do lixo, mas em 2018 um animal da espécie cabeçuda chegou até a ilha. "Não é uma espécie que costuma ficar por aqui, ou seja, ela deve ter vindo debilitada com outras correntes. Estava toda emalhada em um lacre desses que prendem mercadoria em barco. Ela já estava com marcas bem profundas na pele e perto da cabeça e acabou não resistindo", disse. Ainda segundo a bióloga, o lixo na areia pode atrapalhar a desova, caso os animais esbarrem no lixo durante a escavação do ninho. A urbanização também é um problema em outras regiões: luz, barulho e falta de espaço na areia contribuem para que a tartaruga não desove normalmente. O projeto Tamar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalham em Noronha para evitar que a espécie entre em extinção. Por isso, a praia do Leão tem o acesso controlado e fica fechada para visitação das 18h30 às 8h. É durante este período da noite que as tartarugas costumam deixar as águas para cavarem seus ninhos na areia e desovarem. "No horário que as fêmeas escolhem para vir desovar, a praia do Leão é fechada para o turista. Não pode ter visitação porque poderia prejudicar a desova. Um turista andando por aqui poderia assustar uma tartaruga e ela deixaria de desovar. Essas limitações em algumas praias são muito importantes para conservação da fauna, flora e da tartaruga marinha", explica a bióloga. Mas durante o dia a praia é aberta ao público. Os ninhos são marcados e checados diariamente pelos biólogos e o guarda-parque avisa aos que chegam: "É proibido se aproximar da área dos ninhos". Em Sergipe, por exemplo, alguns lugares na praia em Pirambu as tartarugas sobem para desovar em área que tem bares. Para preservar o ninho, o Tamar faz uma cerquinha de proteção e a própria comunidade ajuda a cuidar desses ovos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Encontrada no Equador tartaruga gigante considerada desaparecida há um século


Um exemplar de uma das espécies endêmicas de tartaruga gigante do arquipélago equatoriano de Galápagos, considerada extinta há um século, foi encontrada em uma expedição na Ilha Fernandina, informou nesta terça-feira (19) o ministro do Meio Ambiente, Marcelo Mata. "NOTÍCIA MUNDIAL | Na ilha Fernandina - #Galápagos, a expedição liderada por @parquegalapagos e @SaveGalapagos, localizaram um exemplar da espécie da tartaruga Chelonoidis Phantasticus, que se acreditava estar extinta há mais de 100 anos", apontou o funcionário em sua conta no Twitter. Mata não deu mais detalhes sobre a descoberta da tartaruga pela equipe do Parque Nacional de Galápagos (PNG) e da Galapagos Conservancy, sediada nos EUA, que apoia a preservação das ilhas encantadas no Pacífico equatoriano. A Chelonoidis phantasticus, própria da ilha Fernandina, é uma das 15 espécies de tartarugas gigantes de Galápagos, das quais já desapareceram exemplares da Chelonoidis spp (ilha Santa Fe) e da abigdoni (Pinta). Galápagos faz parte da reserva da biosfera e serviu para que o naturalista inglês Charles Darwin desenvolvesse a teoria sobre a evolução das espécies. As tartarugas gigantes chegaram há três ou quatro milhões de anos à região vulcânica de Galápagos. Acredita-se que as correntes marinhas dispersaram seus exemplares ao redor das ilhas, e foi assim que 15 espécies diferentes foram criadas - das quais no momento dois estão formalmente extintas -, cada uma adaptada ao seu território.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Tartaruga morre após ter casco destruído por moto aquática em SP



Uma tartaruga marinha foi encontrada boiando no mar após ser atropelada por uma moto aquática em Santos, no litoral de São Paulo. O registro, feito por um banhista, chamou a atenção nas redes sociais e acabou viralizando. Segundo o Instituto Gremar, ONG que realiza o resgate e reabilitação de animais marinhos, pelo menos 70% da morte de tartarugas se dá por ações humanas. O registro foi feito por Valdir Gomes, de 65 anos. Morador da Ponta da Praia, ele tem o costume de praticar stand up paddle diariamente naquela região. O flagrante da tartaruga ocorreu durante um passeio que, para ele, costuma ser comum. “Estava olhando para a praia quando percebi a moto aquática passando em alta velocidade, na área onde algumas tartarugas costumam ficar. Eu estava a uns 200 metros dela”, conta ele, que não notou que o condutor havia passado por cima do animal. Ele só o encontrou boiando e ferido alguns minutos depois. “Não imaginava que isso poderia ter acontecido. Vi a tartaruga boiando e a coloquei na minha prancha. Ela estava com dificuldade para respirar e com o casco completamente destruído”, relata. O fotógrafo também contou que tentou acionar alguém do Aquário de Santos, na intenção de tentar algum resgate ao animal. Porém, sem sucesso, decidiu depositar o corpo do animal de volta ao mar. De acordo com Gomes, na manhã de domingo (13), pelo menos cinco motos aquáticas andavam no mesmo trecho, também em alta velocidade. Para ele, a maneira como os condutores as utilizam no mar pode acabar resultando em outro acidente. “Isso não pode acontecer mais, até para evitar que aconteça um acidente com pessoas. Já ouvi relatos de um rapaz que teve a cabeça atingida. Está na hora de ter uma fiscalização”, afirma.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Como esforços na Amazônia brasileira estão salvando tartarugas da extinção



Esforços comunitários e vigilância da população local, os ribeirinhos, contra caçadores estão permitindo que as praias fluviais da Amazônia voltem a ficar cheias de tartarugas. No caso da Podocnemis expansa, gigante e sensível espécie chamada popularmente de tartaruga-da-amazônia, os números impressionam: de 1977 para cá, a cada ano são 70 mil filhotes a mais que conseguem nascer nas áreas monitoradas às margens do Rio Juruá, um importante afluente do Amazonas. Comparado a 40 anos atrás, nove vezes mais tartarugas estão realizando a desova nas areias da região. Os dados, resultados de uma pesquisa realizada pelas universidades inglesas de East Anglia e Anglia Ruskin e das federais brasileiras de Alagoas e do Amazonas, estão publicados na edição desta terça-feira do periódico científico "Nature Sustainability". "Após declínios populacionais severos e de longo prazo causados pela superexploração histórica, as praias de nidificação de tartarugas, localmente conhecidas como tabuleiros, têm sido sistematicamente protegidas da captura de ovos e adultos por guardas informais das comunidades locais e, ao mesmo tempo, monitoradas com sucesso para a nidificação, especialmente para a Podocnemis expansa, espécie de alto valor e dependente da areia", ressaltam os pesquisadores, no artigo. Além da tartaruga-da-amazônia, resultados positivos também foram observados em espécies como a tracajá (Podocnemis unifilis) e a pitiú (Podocnemis sextuberculata). E nem só quelônios têm sido recuperados. Graças aos trabalhos de conservação, populações do jacaré-açu (Melanosuchus niger), do boto (Inia geoffrensis), da iguana verde (Iguana iguana) e de muitas aves e peixes também estão sendo beneficiadas. "Nossa pesquisa destaca o valioso serviço de conservação fornecido pelas comunidades locais não apenas para as tartarugas, mas para o ecossistema mais amplo. Reconhecer a importância desse trabalho nos mostra o potencial para ações de conservações eficazes, mesmo fora de áreas formalmente protegidas", afirma o pesquisador Joseph Hawes, da Universidade Anglia Ruskin. No caso da tartaruga-da-amazônia, a população passou a ter uma quantidade consistente de exemplares sobretudo nos últimos 15 anos. No mesmo período, de acordo com os pesquisadores, 19 praias não protegidas foram reportadas como sendo locais de declínio de espécimes de tartaruga. Quanto aos ninhos recentemente verificados pelos pesquisadores, foram encontrados 584 da tartaruga-da-amazônia nas praias protegidas e apenas 10 nas não participantes do projeto de conservação. Das outras espécies de tartarugas, foram 786 contra 161.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Projeto Tamar prevê recorde de ninhos de tartaruga em temporada de desova no ES


A temporada de desova das tartarugas marinhas da espécie cabeçuda (Carretta carretta) já começou e a expectativa do Projeto Tamar é que haverá recorde de ninhos no Espírito Santo. Outras áreas prioritárias de desova estão localizadas nos estados da Bahia, Sergipe e litoral norte do Rio de Janeiro. Conforme informações do Centro Tamar, do Instituto Chico Mendes (ICMBio), já houve este ano registros de ninhos ou tentativas por fêmeas na Praia da Costa, em Vila Velha, e na Ilha do Boi, em Vitória. “Mesmo sabendo que a tartaruga marinha costuma ter uma fidelidade em relação à praia onde desova, e há predomínio no caso do Espírito Santo dessas desovas se darem no Norte do estado, especialmente na região da foz do rio Doce, pode eventualmente ocorrer das fêmeas fazerem seus ninhos em outras praias, colonizando outras praias que foram perdidas no passado pela captura das fêmeas que as frequentavam ou pela alteração do ambiente”, explicou a coordenadora regional do Projeto Tamar, Ana Marcondes. Com isso, a coordenadora reforça a importância da participação social nesta temporada 2018-2019, que segundo ela “já está com desovas até agora acima da média”.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mais de 300 tartarugas morrem em redes de pesca ilegal no México


As imagens compartilhadas pela Defesa Civil de Oaxaca, no México, são devastadoras: incontáveis tartarugas mortas flutuando no mar. E, nesta quarta-feira, o governo do Estado de Oaxaca confirmou que pelo menos 303 tartarugas-oliva, que correm risco de extinção, morreram após ficarem presas em duas redes de pesca ilegal na costa mexicana do Pacífico. "A Procuradoria de Proteção Ambiental de Oaxaca confirmou que a morte das tartarugas foi causada por uma rede de pesca proibida, usada para pegar o peixe garapau", disse em um comunicado. As tartarugas-oliva - menor espécie de tartarugas marinhas - foram encontradas perto da costa da cidade de Puerto Escondido, cerca de 760 km a sudoeste da Cidade do México. "Inicialmente, recebemos um relatório de que havia duas redes onde estavam 300 tartarugas, mas esse número pode mudar", disse à agência de notícias EFE, o diretor do gabinete de Defesa Civil na cidade de San Pedro Mixtepec, José Antonio Ramirez. "Encontramos esta rede conhecida como tresmalho e nos disseram que os pescadores não são deste lugar. Elas não são usadas nestas praias e talvez possam ter sido abandonadas por um navio que não percebeu sua perda e matou as tartarugas", acrescentou. Após o primeiro relato de que cerca de 300 tartarugas haviam se enroscado nas redes, os pescadores locais tentaram libertar os animais, mas sem sucesso. Quando membros da equipe de Defesa Civil chegaram ao local, descobriram que todas as tartarugas haviam morrido. Uma única sobrevivente, que havia sido resgatada pelos pescadores, morreu ao chegar à praia. Ali mesmo, os pescadores cavaram um buraco e enterraram os animais. Tanto as autoridades pesqueiras da área quanto o Estado disseram que não se tratou de um ato intencional, mas que as tartarugas se encontraram com a rede e não conseguiram escapar.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Adolescentes são flagrados pescando tartarugas para vender em MT; 60 animais são resgatados





Dois adolescentes, de 15 e 16 anos, foram flagrados pescando tartarugas no Rio Araguaia, no Parque Estadual do Araguaia, na região de Novo Santo Antônio, a 1.064 km de Cuiabá. Foram apreendidas 60 tartarugas-da-amazônia com os adolescentes. Os meninos foram levados para o Conselho Tutelar. A situação ocorreu no final de semana e foi divulgada pela Sema nessa segunda-feira (6). De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), os adolescentes planejavam comercializar os animais por quilo ou inteiros na cidade de São Félix do Araguaia, a 1.156 km da capital, onde moram. A prática da pesca de tartaruga, considerada ilegal, é comum na região, e as fiscalizações foram intensificadas. Segundo a gerente do parque, Lucilene Pereira, os adolescentes pescavam no Rio Araguaia e estavam em uma canoa. Os animais foram colocados dentro de sacos. Ao verem a fiscalização, que contou com policias militares, os adolescentes tentaram fugir e jogaram os sacos com as tartarugas em um barranco. Uma tartaruga, por ser muito grande e não caber no saco, também foi arremessada pelos adolescentes. Os adolescentes são vizinhos. Também foram apreendidos anzóis, uma canoa, um motor e 30 boias usadas para capturar as tartarugas. Alguns dos animais estavam desidratados e machucados. Mesmo assim foi possível fazer a soltura delas na praia do Rio Araguaia para que retornassem à natureza. O Parque do Araguaia tem, aproximadamente 223 mil hectares e atrai turistas para pesca. A pesca depredatória e outros crimes ambientais podem ser denunciadas por meio da Ouvidoria da Sema: 0800-65-3838.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Mais de 300 tartarugas são encontradas mortas na costa de El Salvador



Centenas de tartarugas foram encontradas mortas na costa de El Salvador na quinta-feira, 2, pela Guarda Costeira local. Segundo informações divulgadas na página oficial do Ministério de Meio Ambiente E Recursos Naturais no Twitter, foram encontradas entre 300 e 400 tartarugas, de espécies não definidas. Ainda segundo as autoridades, a maioria dos animais encontrados já estava em estado avançado de decomposição e não se sabe a causa da morte. Alguns dos animais foram recolhidos para análise em laboratório. As tartarugas estavam boiando a cerca de 13 km da costa da baía de Jiquilisco. "Estamos aguardando que as autoridades competentes façam os estudos necessários para descobrirmos as causas dessas mortes", disse o prefeito de Jiquilisco em vídeo divulgado pela agência Reuters. Nesta sexta-feira, 3, técnicos voltaram ao lugar para pegar novas amostras para análise. Ainda segundo divulgado pelo ministério, as tartarugas foram encontradas durante uma operação de busca por pescadores desaparecidos desde o dia 31 de outubro.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Canoístas resgatam tartaruga presa em rede de pesca em Praia Grande


Um grupo de canoístas resgatou uma tartaruga que estava presa a uma rede de pesca na costa de Praia Grande, no litoral de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (11). O animal, que não apresentava ferimentos, foi devolvido ao mar em área próxima aos rochedos. "Nós estávamos remando, quando vimos uma rede de pesca grande. Sempre tem por ali. Quando a gente se aproximou, nós vimos essa tartaruga ali, se debatendo, presa à rede", conta o servidor público Thiago Ferraresi, 34 anos. Eles pararam a remada para resgatar o animal. "A gente sabe que se a deixássemos lá ela poderia morrer afogada. Nós arrebentamos a rede com a própria mão e, em seguida, a colocamos na canoa", conta Thiago. Como o animal não parecia estar debilitado, eles resolveram devolver ao mar longe daquele local. A tartaruga foi colocada no mar nas proximidades do rochedo do bairro Canto do Forte. Consultada, a Policia Militar Ambiental (PMA) ainda não informou sobre a eventual irregularidade da existência de redes de pesca naquela área da cidade.