terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pescadores acham tartaruga com mais de cem quilos no litoral do PR


Pescadores encontraram na manhã desta terça-feira (26) uma tartaruga com mais de cem quilos no mar do balneário de Ipanema, em Pontal do Paraná, no litoral do estado. O animal foi levado para o Laboratório de Ecologia e Conservação do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), também em Pontal do Paraná, e morreu por volta das 13h. O animal era uma tartaruga cabeçuda do sexo masculino de grande porte e com mais de 25 anos de idade, de acordo com a coordenadora do Laboratório de Ecologia e Conservação, Camila Domit. “Um metro só de carapaça. Ela deve medir cerca de 1,35 metro e pesar bem mais de cem quilos. O peso não foi estimado porque estamos sem balança industrial”, explicou. A idade exata será confirmada após uma análise óssea. A coordenadora afirmou que o ferimento causado em uma das nadadeiras não foi a causa da morte do bicho, já que a lesão feriu apenas o tecido. “Não sabemos se ela se afogou na rede ou se já estava doente e, por isso, se enroscou. Serão coletadas amostras de tecidos para exames patológicos e de níveis de contaminação química”. Ela explicou que, por protocolo, é preciso esperar 24 horas após a morte do animal para iniciar a necropsia. Segundo Camila, a tartaruga cabeçuda é “raríssima” na região. “É raro ver machos adultos por aqui”, relatou. Também serão feitas análises com amostras de fluidos e de sangue que foram coletados duas vezes, com o animal vivo e depois de morto, para exames microbiológicos e hematológicos que irão estabelecer a causa da morte da tartaruga, ainda conforme a coordenadora.

Foca com mais de dois metros de comprimento aparece em praia do PR


 
Uma foca-caranguejeira foi encontrada na praia brava de Caiobá, no município de Matinhos, no litoral do Paraná, na noite de quarta-feira (3). O animal mede 2,10 metros e passa bem, de acordo com o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rogério José Florenzano Júnior. “Ela se perdeu e veio com a corrente marítima. Vem para a praia para descansar e, depois, poder voltar”, explicou. O animal já havia aparecido em Joinville, no norte Santa Catarina, na segunda-feira (1º), segundo o analista ambiental. “Estamos monitorando para que a população não se aproxime. Fizemos um isolamento em volta para não ter risco de acidente. As pessoas querem tirar foto de perto, encostar no bicho”. “Agora tem que esperar ela voltar para o mar. Nesse exato momento [por volta das 17h30], ela está subindo em direção à praia, cada vez mais para o seco. Provavelmente vai passar a noite na praia”, afirmou. O Centro de Estudos do Mar (Cem) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) relatou que esta espécie de foca é comum na região da Antártica e que visita a costa brasileira nesta época do ano, quando se dispersam das colônias reprodutivas em busca de alimentos. Conforme o Centro de Estudos do Mar, as focas vão até as praias para descansarem das migrações e, por isso, não devem ser "incomodadas" pelas pessoas. Um adulto da foca-caranguejeira pode chegar a 2,6 metros de comprimento e pesar até 300 quilos, segundo o centro. Nem o Centro de Estudos do Mar nem o analista ambiental souberam informar o peso e a idade do animal encontrado no litoral paranaense.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Estudo diz que linhagem de tubarões teria sobrevivido à Grande Extinção

 
Uma linhagem de pequenos tubarões pré-históricos, que acreditava-se que tivesse desaparecido na Grande Extinção, ocorrida há 250 milhões de anos, pode ter sobrevivido outros 120 milhões de anos, sugere estudo publicado no periódico "Nature Communications". Cientistas encontraram amostras fósseis de seus minúsculos dentes nas proximidades de Montpellier, na França e, com isso, conseguiram verificar que os tubarões teriam vivido após a calamidade escondendo-se em mares profundos. A estranha criatura não tinha mais que 30 centímetros de comprimento e provavelmente ostentava uma protusão similar a um gancho no lugar da barbatana dorsal. A pior extinção em massa que o planeta viveu acabou com 95% das espécies marinhas e 70% das terrestres no final do período Permiano, quando se acredita que a Terra tivesse um único continente cercado por um único oceano. Entre as explicações para a catástrofe estão o impacto de um asteroide que sufocou o planeta em uma nuvem de poeira que ocultou o sol e fez a vegetação secar ou um período de intensa atividade vulcânica que causou uma mistura letal de chuva ácida e aquecimento global. Entre as criaturas que se acredita terem desaparecido nesse evento estavam os tubarões com dentição cladodonte, parentes distantes dos tubarões modernos, que tinham mandíbulas com várias fileiras de dentes minúsculos e afiados. Mas agora, uma equipe de cientistas do Museu Natural de Genebra e da Universidade de Montpellier, na França, encontrou seis dentes desse tipo, que datam do período Cretáceo inferior em sedimentos, perto da cidade dessa cidade do sul francês. Essa área pode ter ficado submersa durante esse período da história do planeta. Os dentes, com menos de dois milímetros, eram de diferentes espécies do tipo cladodontes, agora extintos, que viveram há 135 milhões de anos atrás. "Nossas descobertas mostram que esta linhagem sobreviveu a extinções em massa, mais provavelmente, por buscar refúgio no fundo do mar durante eventos catastróficos", destacou o estudo.

'Monstro aquático' mexicano é visto em lago e dá esperança a cientistas


 
Após anunciarem que o axolote (Ambystoma mexicanum), um tipo de salamandra que só vive em lagos do México, podia ter desaparecido da natureza, cientistas anunciaram ter encontrado exemplares desta espécie durante uma segunda varredura realizada este mês. No ano passado, biólogos tentaram capturar axolotes com a ajuda de redes no lago Xochimilco, na Cidade do México, mas não encontraram nenhum espécime – o que aumentou a preocupação sobre o risco de que esses animais só sobreviveriam se fossem criados em cativeiro. Contudo, o biólogo Armando Tovar Garza, da Universidade Nacional Autônoma do México, disse que na última semana ele e sua equipe encontraram duas salamandras durante sua investigação, que deve seguir até meados de abril. “Não pudemos capturá-los, mas dois avistamentos representam que ainda temos chance”, disse Garza, referindo-se à conservação desses animais.
 
Conhecido como "monstro aquático" e como o "peixe mexicano que anda", seu único habitat natural é a rede de lagos e canais Xochimilco, que sofre com a poluição trazida pelo crescimento urbano. Nos últimos anos, os arredores dos lagos onde o bicho vive passaram a abrigar favelas que lançam esgoto nas águas. A Academia Mexicana de Ciências informou que 1998 havia em média 6 mil axolotes por quilômetro quadrado, número que caiu para 1 mil em 2003 e para 100 em 2008. A criatura é importante para o mundo científico devido à sua capacidade de regenerar membros amputados. Alguns exemplares vivem em aquários instalados em laboratórios, mas os especialistas advertem que essas não são as melhores condições, pois correm risco de acasalamento entre parentes e, com isso, perder a diversidade genética da espécie. Os axolotes crescem até 30 centímetros e usam as quatro patas atarracadas para se arrastar no fundo dos lagos ou as caudas grossas para nadar. Esses animais se alimentam de insetos aquáticos, peixes pequenos e crustáceos.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Baleia-franca-pigmeia


 
A Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata) é um mamífero cetáceo, o único pertencente à família Neobalaenidae e foi descrita e assinalada a um novo género em 1846 por John Edward Gray, que trabalhou na secção de Zoología do Museu Britânico. Esta espécie compartilha características taxonómicas das famílias Balaenidae e Balaenopteridae: falta de pliegues gulares e apresenta um rosto arqueado como as baleias francas, mas também tem barbatana dorsal e um corpo alargado como os rorquais (designação comum dada aos cetáceos da família Balaenopteridae), resultando num intermédio. Por isso, também se pode classificar na família monoespecífica Neobalaenidae.

Equipe consegue cortar corda de pescaria presa a baleia-franca ameaçada

 
Especialistas em vida selvagem cortaram mais de 85 metros de linha de pescaria comercial que vinham sendo arrastados por uma baleia-franca na costa do estado da Geórgia, leste dos Estados Unidos. Parte da corda permaneceu emaranhada na boca da baleia, segundo funcionários relataram, nesta quinta-feira (20). Emaranhamentos em equipamentos de pesca comercial e colisões com navios na costa leste são considerados as maiores ameaças para a sobrevivência das baleias-francas. Especialistas estimam que restam apenas 450 dessas grandes baleias. A cada inverno, elas migram para as águas mais mornas da Geórgia e da Flórida para dar à luz seus filhotes. Foi a primeira vez desde 2011 que uma baleia como essa, enroscada a equipamentos de pesca, foi avistada na costa sudeste dos Estados Unidos, disse Clay George, um biólogo especializado em mamíferos marinhos do Departamento de Recursos Naturais da Geórgia. Ele fazia parte do grupo que chegou perto o suficiente da baleia de 9 metros de comprimento para cortar a linha de pesca de quase 2 centímetros de espessura usando um gancho equipado com lâminas cortantes. "Sentimos que o que fizemos deu à baleia uma chance de lutar e se desvencilhar do restante da linha por conta própria", disse George, que estima que a baleia ainda esteja arrastando cerca de 6 metros da corda tecida com pesos de chumbo. "A verdadeira mensagem para levarmos para casa é que não podemos simplesmente salvar e consertar cada baleia que apareça enroscada. Em alguns casos, é completamente impossível desvencilhar a baleia." A baleia que apareceu enroscada esta semana era um macho de 4 anos. Ela foi localizada no domingo por uma equipe fazendo pesquisas aéreas para a Marinha, que observou o mamífero arrastando uma linha de pesca. Uma primeira embarcação acionada conseguiu cortar parte da corda e anexar uma bóia de rastreamento ao animal. Só na segunda-feira funcionários conseguiram chegar mais perto do animal com um barco menor e cortar a maior parte da linha.